O essencial para os essenciais
Uma enfermeira sem suprimentos é muito mais útil do que uma sala de hospital lotada de equipamentos, mas vazia de profissionais.
Nesses tempos em que a tecnologia ameaça, e só ameaça, substituir os humanos em suas atividades, percebemos o quanto é desagradável lidar somente com máquinas para tentar resolver questões do dia a dia. Quem já teve que ligar para 0800 sabe bem do que estou falando.
No atendimento público não é diferente. Belos fóruns não fazem a justiça. Muito menos magistrados conseguem sozinhos promover a paz social e dar a cada um o que lhe é de direito, conforme preceitua o lema do TJBA.
Os milhares de servidores são células essenciais para que a justiça baiana seja efetivada obedecendo os princípios do serviço público. O CNJ reconhece a qualidade do trabalho dos técnicos, analistas e oficiais de justiça desta terra do axé, vide os selos conquistados. A sociedade também nos vê como um alento e uma esperança para melhoria de vida. E os advogados sentem falta do nosso diligente labor quando, em protesto, paralisamos.
Estamos parados, a contragosto. Pois não sobrou outro recurso a não ser o direito constitucional de fazermos greve para estancar a corrosão salarial. Por falta de atualização, vivemos com menos da metade do que valia nosso salário em 2015. Se seguirmos nesse ritmo, morreremos ainda mais rapidamente e perderemos o fio de dignidade que nos sustenta. A aprovação do projeto de lei 25.491/24 é a tábua de salvação para a nossa classe trabalhadora. Nós que fazemos a justiça para você, desta vez, pedimos a sua ajuda para que a justiça seja feita em nosso favor.
Socorro!