Entrevista com Josevandro Nascimento, presidente da Academia de Letras de Ilhéus
DIREITOS – Qual o balanço que o senhor faz dos 90 primeiros dias da sua gestão, à frente da Academia de Letras de Ilhéus (ALI)?
Josevandro Nascimento (JN) –Estamos iniciando o terceiro mandato à frente da Academia de Letras de Ilhéus, numa demonstração inequívoca da credibilidade e da confiança em mim depositada pelos confrades.
Posso contabilizar os primeiros sinais da gestão com atividades significativas, como a posse do confrade Alessandro Fernandes, Reitor da Universidade Estadual de Santa Cruz, que assumiu a cadeira anteriormente ocupada pelo Desembargador Luiz Pedreira Fernandes, a realização da noite da saudade em homenagem ao confrade poeta Gerson dos Anjos, com a palavra da poeta Rita Santana, a palestra do historiador Albione Souza Silva, em parceria com a Rede de Museus, falando da trajetória do escritor Euclides Neto, intitulada – Nas trilhas de Euclides Neto, entre a Literatura e a Política, dentro da programação do seu centenário, que acontece ainda esse ano, a homenagem ao confrade Mário Pessoa, que se vivo fosse, estaria completando 100 anos, com a palavra do acadêmico José Nazal Pacheco Soub, o Seminário de Conexões Culturais, comemorativo dos 30 anos de criação do Teatro Popular, com discussão sobre o papel das Instituições Culturais na atualização das Políticas Públicas, Projeto Academia na Escola, levando aos estudantes o conhecimento de destacados nomes da literatura, principalmente os que pontuaram de forma significativa na região e o lançamento do Livro de Ana Livia Ribeiro, irmã do confrade André Rosa, que conta a História do “Menino de Ilhéus” que foi o saudoso e eternamente lembrado, André Rosa.
DIREITOS – A Academia criou a Comissão Henrique Simões com o objetivo de pensar os 500 anos de Ilhéus. Como está sendo desenvolvida essa Comissão?
JN –Bem, a Comissão Henrique Simões, uma homenagem mais que merecida ao grande Historiador que foi o Prof. Henrique Simões, composta por um grupo de acadêmicos, é coordenada pelo Professor Ramayana Vargens e tem por tarefa principal, alicerçar a estrutura dos 500 anos de Ilhéus, leia-se 2034. Para tanto, estamos buscando material para constituir o documentário que servirá de base para os primeiros passos da construção das ideias. Já estivemos em contato com a Prefeitura Municipal de Ilhéus,representada pela Secretaria de Cultura e a Universidade Estadual de Santa Cruz, no sentido de firmar um convênio entre as três entidades, visando a construção da parceria e o fortalecimento da caminhada. Também já estamos pensando a possibilidade de lançamento da Revista número 3, para a abertura do ano acadêmico, 14 de março de 2026, com ênfase nos 500 anos de Ilhéus.
DIREITOS – Como a comunidade será ouvida nesse Projeto dos 500 anos de Ilhéus?
JN –Já no início de agosto, realizaremos um Seminário com todos os Diretores da Rede Municipal e Estadual de Ensino, no sentido de inserir os dirigentes no processo, buscando criar uma consciência desse importante marco histórico, pelo papel que Ilhéus tem na História Politica do Brasil. Além desse importante momento, também pretendemos ouvir os diversos segmentos da sociedade, como já fizemos com Rotary e Lions, ouvindo e pontuando as ideias.
DIREITOS – E a sua produção acadêmica, presidente, algum trabalho pela frente?
JN –Sim, com certeza. Possivelmente no final do mês de julho, na 8ª. Festa Literária de Ilhéus, estaremos lançando um trabalho bastante significativo para a região, que a Trajetória Institucional do Prof. Soane Nazaré de Andrade, da FESPI a UESC, pela EDITUS, com a colaboração de alguns nomes de pessoas que viveram e sonharam com o grande Mestre, a criação da nossa Universidade. É uma forma de homenagear aquele que foi o pilar, a semente que fez brotar essa Instituição que representa um orgulho para todos nós da civilização grapiúna.
DIREITOS – Quando a Academia de Letras de Ilhéus (ALI), voltará a se reunir solenemente?
JN –Bem, no próximo dia 11 de julho, as portas da Academia de Letras de Ilhéus se abrem para receber, por indicação nossa, uma grande mulher. Trata-se da Profa. Renée Albagli Nogueira, que ´passará a ocupar a cadeira número 32, que pertenceu ao prof. Soane Nazaré de Andrade. Por designação da Presidência, a profa. Renée será recebida pela acadêmica Maria de Lourdes Netto Simões, trazendo para o sodalício, as luzes da sua cultura e conhecimento.
No dia primeiro de agosto, será a posse do historiador Marcelo Dias, que ocupará a cadeira que pertenceu a outro grande historiador que foi André Rosa.
Também seremos anfitriões do Colóquio das Academias, que será realizado em Ilhéus, durante o mês de agosto, reunindo todas as Academias de Letras da Bahia, contando com o representante da Academia Brasileira de Letras. Sem dúvida, um momento significativo para a História da Academia de Letras de Ilhéus.
DIREITOS – Que mensagem o senhor deixaria para o mundo acadêmico?
JN –Antes desejo agradecer ao confrade Vercil Rodrigues, guerreiro da comunicação regional, criador de Academias (Letras Jurídicas do Sul da Bahia/Aljusba e Academia Grapiúna de Artes e Letras/Agral), pela disponibilidade em abrir as suas páginas para a nossa palavra.
A nossa mensagem é de FÉ NAS INSTITUIÇÕES. Acreditar que estamos caminhando com firmeza, na construção de um mundo melhor. Vamos passar.As Instituições ficam com as nossas realizações, imortalizadas pelas nossas ações e feitos.Que Deus continue abençoando os nossos passos.