Artigo

Prepare-se para uma nova safra

Antes de entrarmos nos tipos de uvas, vamos nos prender aos tipos de vinho e sua vinificação.
Entre os tipos de vinhos estão os: tintos; brancos; rosados; espumantese de sobremesa.
Na vinificação de vinhos tintos os cachos passam por uma desengaçadeira, antes de ir para a cuba de fermentação, para separar os engaços dos bagos da uva. Com semente e casca são encaminhados para aos tanques de fermentação, que tanto podem ser em aço inox, madeira ou cimento.

Com as cascas rompidas, começa o processo de fermentação, com a invasão das leveduras que atacam principalmente os açúcares da fruta originando o álcool etílico e gás carbônico. O gás fará com que a parte sólida do mosto suba à superfície e permaneça flutuando.

Para que se consiga uma boa extração da cor, deve-se mesclar o sólido (chamado de chapéu) o líquido, que hoje é feito através de bombeamento, processo chamado de remoagem. Na vinificação dos tintos, as cascas têm que ficar em contato com o suco para conferir ao vinho além da cor, o sabor e o aroma. Os taninos são extraídos nesta fase, chamada de maceração.

A fermentação continuará e só será interrompida se:
a) não houver mais açúcar no mosto;
b) quando o vinho atingir 33º C;
c) quando tiver atingido um teor alcoólico de aproximadamente 16%.

Ao final, o vinho é separado de sua parte sólida que será encaminhada para prensa a fim de produzir um vinho inferior, denominado vinho de prensa.

O vinho superior irá à uma cuba de decantação, onde ocorrerá a 2ª fermentação, chamada de malolática, quando o ácido málico se transforma em ácido lático, menor acidez e menos agressivo.

Após a 2ª fermentação existem 2 caminhos:
1) os vinhos de guarda vão para os tonéis de carvalho para amadurecimento e envelhecimento;
2) os vinhos ligeiros de consumo rápido vão para a filtragem e engarrafamento.

Na minha visão comercial enxergo que a globalização e abertura do mercado para importação foram fundamentais para a vinificação nacional.

Após a invasão dos vinhos importados no mercado brasileiro, principalmente chilenos e argentinos, foi que os produtores brasileiros despertaram e investiram pesado em tecnologia e qualificação para a melhoria na qualidade de nosso produto.

Graças a isso, estamos produzindo grandes vinhos e exportando para o mundo todo. Destacamos ainda os espumantes brasileiros que vem se consolidando entre os melhores do mundo, sendo premiados internacionalmente e competindo até com os legítimos champanhes franceses.

Um brinde e saúde a todos.