Artigo

As inacreditáveis criaturas humanas

O que somos nós?… Quem nós somos?… De onde viemos?… Por que viemos?…Onde estamos?… Para onde caminhamos…? Ah!(?) eterno interrogar que bem poucos conseguem responder! Vocês, por acaso, saberiam dizer todas as respostas?

Quero crer que nem todas, mas a culpa não é de que não sabe! Por acaso ensinaram vocês a falar? Óbvio que sim, e muitos se expressam com rara desenvoltura, em muitos idiomas. Por acaso ensinaram vocês a escrever? Evidentemente que, a alguns, sim e muitos até redigem, com apreciável acerto, os seus escritos. Teriam sido vocês ensinados a ler? Partindo do princípio de terem aprendido a escrever, com certeza foram ensinados a ler, inclusive imprimindo considerável interpretação do que é lido.

Por acaso ensinaram vocês a ouvir? Incontestavelmente, muitos foram treinados a escutar, mas não foram tantos os que, como vocês, aprenderam a ouvir, e ouvir exige uma muito boa técnica e melhor concentração. Mas uma coisa é certa: ninguém nos ensinou a pensar! Isto temos conseguido, somente uns poucos, por esforço próprio e, no entretanto, somos dotados do mais versátil computador gerado no mundo, com capacidade de armazenagem e de memória incalculáveis, distribuídos em três Chips, conhecidos como Consciente, Subconsciente e Inconsciente, conectados por um complexo sistema inimitável, num único corpo com vários terminais, funcionando num espetacular processo fisiológico de dupla via, entre a máquina central – O CÉREBRO – com seus três potenciais chips, e o centro energético – O CORAÇÃO – que bombeia pelo sangue os combustíveis (açúcar, oxigênio, alegria e estímulos positivos) através de quilômetros de artérias, distribuindo- os para todas as células e das quais extrai os resíduos da combustão (ácidos, gás carbônico, inadequações comportamentais, estímulos negativos e eventuais tristezas) que transporta, de volta, por um emaranhado venífluo.

Se somos tal qual um computador – o melhor deles – temos que entender, por conseqüência, sermos criaturas programadas, programáveis e re-programáveis, o que caracteriza nossa capacidade de manter ou não o equilíbrio entre os componentes de nossa personalidade: EGO, ID e SUPEREGO. O que vem a ser o ID? O ID é um conjunto de forças instintivas (genéticas) que tendem a se afirmar. Para alguns, tem sua origem na libido, que é uma energia de fundo sexual. Mais comumente, poderíamos dizer que são os impulsos que no homem mais se assemelham ao animal.

O que vem a ser o SUPEREGO? É um complexo de pressões de ordem sócio-cultural, portanto externas e adquiridas, tais como, a família, a igreja, a religião, o lar, a escola, o trabalho, os institutos de repressão (polícia), a tradição, hábitos e usos comuns, condicionamentos, grupos de convívio, tal qual o “colegas-bb”, amigos, guias políticos, líderes espirituais, livros, revistas, jornais, cinema, televisão, rádio, internet, etc. O que vem a ser o EGO? O EGO é a resultante do constante conflito entre o ID e o SUPEREGO. É a nossa individualidade consciente, a própria essência do ser – a Personalidade. (Continua no próximo)