Artigo

Cadê aquela mulher?

O riso recolheu-se
Nuns lábios e alma vazios
Pela sua ausência sentida.
A lágrima que chora na face
É fria como o inverno que está em mim.
Já não sei viver como antes,
Já não sei sorrir
Como era contigo.
Já não sou mais aquela mulher
Aquela que sorria ao nascer do sol,
Aquela que nascia a cada por do sol.
Cadê aquela Mulher ?
Já não a vejo mais florir
Já não a sinto mais em mim.
Só sei que há resquícios dela
Perdidos nas paisagens cinzentas
Dos sentimentos desperdiçados
E não mais aproveitados,
Semi-enterrados
Gritando por ela.
Cadê aquela Mulher ?
Só sei, que há quem
tenha saudade dela
Só sei que há tantas flores,
Florestas e rios
Esperando tristemente por ela…
Da volta do brilho dela
Da sonoridade do riso alegre dela,
Do caminhar incessante dela,
Ecoando em suas raízes
e nascentes novamente,
Aquele riso que os faziam florir,
Reflorestar, navegar.
Cadê aquela Mulher ?
Que sorria a cada passo,
Que sorria a cada canto,
A cada momento
Que transformava seus s
onhos em poesia
E que fazia de ti, a vida,
E que fazia de ti, o amor.
Cadê aquela Mulher?