Artigo

O Verdadeiro vilão

O Vilão. Quem é o nosso Vilão?

Onde ele pode ser encontrado? O Vilão pode ser uma pessoa ou qualquer coisa culpada por tudo aquilo que de mal nos aconteça. Assim toda a sociedade tem um Vilão, por mais desenvolvida que seja. Consequentemente, há o Vilão americano, o francês, o inglês… Se esses povos também tem o seu Vilão, imaginemos um país como o nosso, com tantas desigualdades! O Vilão, no nosso caso, dizem, é o político brasileiro. Este se encontra no limbo do poder executivo, legislativo e no senado federal, de onde comete falcatruas, cria mais impostos e legisla em causa própria.

Nós, no entanto, não entendemos assim. Quando foi que o povo elegeu um candidato, sem que este não tivesse gasto uma fortuna? O Vilão se é o político não o é sem a cumplicidade
do eleitor brasileiro, que sempre votou no empresário ou no testa de ferro deste. Rara exceção a essa regra pode ocorrer, quando o candidato, mesmo não tendo recursos, torna-se dirigente das massas, cujos liderados tendem a elegê-lo.

Por conseguinte, o político é o empresariado travestido ou representado por um testa-de-ferro que investiu muito para se eleger e se utiliza da política, passando a trata-la como uma atividade lucrativa e a exercê-la sem o menos escrúpulo.

Lembremo-nos dos tempos antigos, tempo dos coronéis, do famigerado curral eleitoral. Nós ainda não percebemos que, sutilmente, continuamos sendo o mesmo ¨gado¨ de sempre. Os nosso comandantes são também os donos da ¨manada¨, o coronéis, hoje denominados de empresários.

Ainda não somos capazes de votar na nossa espécie, no chamado ¨boi¨ e continuamos ¨felizes¨ com a nossa ¨vida de gado¨.

A política é, sem dúvidas, interesse de classe. De classe consciente, é claro! Sendo assim, não havia motivo para o operariado, se tivesse consciência e autoestima, se deixar governar.

Nem a força do capital, no regime democrata, sobrepunha ao poder da classe trabalhadora.

A questão de não passarmos a ser bem representado, mesmo tendo um trabalhador como dirigente, seria resolvida pelo impechment ou pela sua imediata não reeleição.

O verdadeiro Vilão brasileiro é, portanto, o empresariado travestido de político ou representado por este como seu testa-de-ferro que, em seu favor, ainda conta com o equivoco e a cumplicidade do povo brasileiro que não o reconhece como tal e o elege e reelege, considerando-o vitima da excessiva carga tributária que ele mesmo cria, repassa para a mercadoria, recebe e sonega (depositário infi el) e como o verdadeiro salvador da pátria, quando concorre a algum cargo eletivo.