Artigo

Mas, e de onde vem essa tal felicidade???

Desde a Era pré Cristã é possível encontrar registros filosóficos acerca do termo felicidade, assim como uma série de recomendações de importantes pensadores sobre os melhores caminhos para atingir este tão sonhado estado. Sêneca filósofo contemporâneo de Cristo ao refletir sobre a felicidade frente à sociedade da sua época aconselhava: “Aquele que quiser ser feliz, a primeira coisa que deve fazer é negar-se seguir a multidão.

Após mais de dois mil anos e a despeito do que é fabricado e veiculado pelas mídias sociais não se faz necessário criteriosa observação para perceber que as pessoas em sua maioria vivem em busca da tão sonhada felicidade, todavia o que seria a felicidade? Responder a essa pergunta não é tarefa fácil, pois, a depender do conceito de felicidade que o indivíduo adotou, ele pode assumir uma postura de passividade ou chegar a conclusão que a mesma não existe. Colocando em miúdos para um indivíduo que acredita que felicidade é a satisfação de todas as suas necessidades, basta o mínimo de experiência de vida para levá-lo a concluir que felicidade é utopia, impossível de se alcançar. Da mesma forma ocorre com o indivíduo que acredita que ser feliz é estar bem o tempo todo, pois é simplesmente impossível estar alegre integralmente e durante todo o tempo, logo, felicidade não existe e se não existe porque deveríamos nos dedicar a ela?

Em um artigo sobre o tema, trazia que felicidade também é sorte. O texto fazia referência a Epicteto (filósofo contemporâneo de Cristo) que afirmava que a vida seria constituída por dois tipos de situações: as que estão e as que não estão sob o nosso controle. Concluindo que sucesso e ou felicidade acontece quando os nossos planos dão certo tornando o que se deseja uma experiência. Na interpretação do referido artigo felicidade seria uma questão de sorte e aconteceria na medida em que os eventos que não estão sob nosso comando, coincidissem com o que desejamos. Contudo, o mesmo Epicteto o filósofo acima citado, dizia que as pessoas não são perturbadas pelas coisas, mas sim pela percepção que possuem em relação às mesmas, portanto, se o que vale é a percepção, o resultado objetivo torna-se secundário.

Entendo ser praticamente unanimidade que felicidade se trata de um estado de espírito e não uma situação, um lugar… Creio que pode haver tantas fontes de felicidades quanto grãos de areia na praia. Acredito que felicidade se refere tanto a resultados positivos, ou seja, uma observação positiva do que passou, como um olhar também positivo pelo que estar por vir. Em minha experiência pessoal no âmbito comportamental, posso arriscar que a possibilidade de controlar sua própria vida desde os pequenos detalhes, e aprender a praticar a gratidão, são boas fontes capazes de proporcionar sensação de felicidade. Faz-se necessário entender que a felicidade pode existir concomitantemente com todas as adversidades que inevitavelmente em alguma época da vida acomete a todos. Ratificando felicidade não significa a ausência de problemas, até por que é improvável que um indivíduo consiga viver toda uma vida isenta de problemas. E você já conceituou o que considera felicidade?