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IA é o futuro dos escritórios de advocacia

A inteligência artificial (IA) é uma realidade cada vez mais próxima no nosso cotidiano, tornando-se parte dos ambientes de trabalho, estudo e lazer alterando a forma como as dinâmicas escolares e empresariais funcionam. Apenas o fato de evitar ou acelerar tarefas repetitivas já é de grande ajuda na compra de tempo, porém isso é seguido de diversas outras funcionalidades como análise de dados em grande escala e a assistência virtual que permitem quase uma extensão do usuário. “Essas tecnologias prometem aumentar a eficiência, melhorar a precisão das tarefas e reduzir custos operacionais, funções nas quais a burocracia é intrínseca ao trabalho como a advocacia são as que mais se aproveitam destas ferramentas”, diz o especialista em IA da Lztec Bruno Pellizzetti.

Segundo o relatório Artificial Intelligence – In-depth Market Insights & Data Analysis, a receita do mercado de softwares de inteligência artificial deve crescer 35% ao ano até 2025, atingindo 126 bilhões de dólares. Com base nesses dados podemos perceber o potencial que tem a IA no mercado como um todo, em breve da mesma forma que uma caixa registradora é essencial para um supermercado a IA será essencial para quase todas as áreas, não pela incapacidade das pessoas de executarem aquelas atividades mas sim pela agilidade na qual elas são feitas.

No Brasil, um estudo encomendado pela Microsoft revela que a inteligência artificial pode contribuir para um crescimento de 4,2% do PIB até 2030. Além disso, até o final de 2023, o mercado global de IA deve ser avaliado em 93 bilhões de dólares, conforme dados da GlobalData. Essas cifras indicam um movimento global em direção à adoção ampla dessas tecnologias, com o Brasil posicionando-se como um dos principais mercados consumidores, sendo o quinto país que mais acessa o ChatGPT, de acordo com a Semrush.

“Já surgiram polêmicas sobre a inteligência artificial sendo utilizada na advocacia, pois sem uma devida especialização e treinamento da IA ao ser consultada em um julgamento por exemplo pode dar informações errôneas criando a necessidade de uma dupla checagem que apenas gera mais trabalho, porém se por exemplo, forem utilizadas em um escritório para automatizar a triagem de documentos, analisar grandes quantidades de dados legais e até analisar casos usando uma base de precedentes jurídicos ela não apenas aumenta a produtividade, mas também reduz a margem de erro humano”, diz Bruno Pellizzetti.

Ainda falando dos escritórios de advocacia, a IA oferece também a possibilidade de criar modelos de aprendizado de máquina que podem ser alimentados com dados e informações melhorando com o tempo. Tendo suas maiores utilidades na previsão de demandas judiciais, na otimização de rotas de entrega de documentos e na detecção de fraudes. No entanto, para os advogados é necessário entender que a IA não substitui o trabalho humano, uma boa revisão e o julgamento do próprio profissional devem ser algo constante, delegar todo esse trabalho para uma IA pode diminuir muito sua qualidade e é necessário que ela seja apenas uma ferramenta e não um funcionário.

A inteligência artificial se mostra como o futuro dos escritórios. Prometendo um aumento de produtividade, redução de custos e melhoria na tomada de decisões nunca vistos antes, IA é uma ferramenta para empresas que buscam se destacar no mercado demonstrando inovação e atualidade. A integração consciente e ética dessas tecnologias será a chave para maximizar seus benefícios, garantindo que elas sejam utilizadas de maneira a complementar e potencializar as habilidades humanas.