Câmara Municipal de Ilhéus homenageia o Coral da Uesc

Audiência Pública debateu o Canto Coral como Patrimônio Cultural de Ilhéus
O Coral da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), que tem 23 anos de formação, foi homenageado com uma Moção de Aplausos durante a audiência pública realizada, no dia 2 de outubro, na Câmara Municipal de Ilhéus. O ato foi proposto pela vereadora Enilda Mendonça, que convocou a audiência para debater o projeto de reconhecimento do Canto Coral como Patrimônio Cultural e Imaterial do município, além da inclusão do mês de outubro no calendário oficial como período dedicado à prática coral.
Em uma noite marcada por emoção, reconhecimento e celebração da cultura local, a audiência contou com a presença de representantes do poder público, da academia e de diversos grupos corais da região. A mesa foi composta pela secretária municipal de Cultura, Anarleide Menezes, pelo maestro Antonio Melo — que representou a UESC por meio do Curso de Extensão em Iniciação à Regência Coral e Instrumental — e outras lideranças do segmento artístico-cultural local.
Durante a solenidade, outros grupos também foram homenageados com Moções de Aplausos e placas comemorativas, em reconhecimento à sua contribuição para a valorização da música coral na cidade: o Coral Diocesano Dom Eduardo, que acumula impressionantes 58 anos de trajetória; o Coral Mokiti Okada de Ilhéus, com 38 anos; e o Madrigal CantaVox, que tem 22 anos de aulas e cantorias.
O maestro Antonio Melo destacou o papel estratégico da Universidade no fomento à cultura, como instituição “que tem se posicionado como protagonista na formação musical da região, por meio do Núcleo de Artes (NAU/DLA), promovendo a qualificação de novos regentes e impulsionando a criação de grupos vocais e instrumentais”. Ele ressaltou que o Curso de Extensão em Iniciação à Regência Coral e Instrumental oferece formação técnico-pedagógica e oportunidades concretas de inserção no mercado de trabalho, fortalecendo uma rede de ações coletivas no campo da música.
Além das homenagens, a audiência na Câmara de Vereadores também se consolidou como um espaço de reflexão sobre o impacto sociocultural da prática coral. Segundo os organizadores, o canto coral tem se mostrado uma ferramenta poderosa de inclusão social, formação artística, fortalecimento dos laços comunitários e democratização do acesso à linguagem musical. A prática, que abrange desde grupos religiosos a iniciativas laicas, mobiliza centenas de vozes em Ilhéus e cidades vizinhas, contribuindo para o desenvolvimento humano e cultural da região.
A iniciativa faz parte de um movimento mais amplo, que reúne regentes, músicos, cantores, produtores e agentes culturais em torno da valorização do Canto Coral como linguagem artística relevante. A proposta é ampliar a presença dessa expressão nas políticas públicas de cultura, garantindo maior visibilidade, fomento e sustentabilidade às ações dos grupos corais em Ilhéus.