Artigo

Silêncio

Não sei mais de ti!
Não tenho alguém que fale de ti!
Não sei onde andas,
Com quem andas
Nem o que fazes em tuas andanças!
Saudade! Saudade! Saudade!

Não sei mais de ti!
Meu coração chora
Por não saber mais de ti.
Naquela linda manhã de maio
Em areia movediça desapareceste.
Infausto maio!

Eu tudo queria!
E não sabia…
Que de ti nada teria!
No vento perverso
Perderam-se as palavras
Que de ti um dia ouvi,
Devorando os sonhos impiedosamente.
Saudade! Saudade! Saudade!

O Castelo de cinzas se foi!
O vento gemeu raivosamente,
As flores, de tristeza, murcharam
O canto dos pássaros emudeceu
o céu escureceu….

Saboreio a amarga descoberta,
Engasgo calada em minha insipidez,
Em minha mudez.