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Demência e Doença de Alzheimer

Demência é definida, habitualmente, como deterioração da capacidade intelectual. Convém distingui-la do retardamento mental.

Qualquer doença afetando o cérebro provocará uma alteração do intelecto. Quanto maior a lesão cerebral, maior sua gravidade.

Os sintomas pais precoces de demência nem sempre são percebidos de início. Esses sintomas surgem como uma incapacidade de o paciente resolver problemas, situações e agilidade do pensamento. São os parentes e amigos do trabalho que notam a modificação do intelecto. Com o desenvolvimento da demência, com o passar dos meses, as pessoas vão percebendo aos poucos. O paciente torna-se esquecido do que aconteceu no dia, esquece os compromissos, fica esquecido da conversação que manteve há algumas horas. Na cidade, fica perdido, incapaz de acertar com o caminho de casa. É incapaz de usar palavras com facilidade como anteriormente fazia. Com frequência sofre de distúrbios emocionais. Explosões de raiva podem ocorrer quando ele está tentando fazer uma tarefa acima de sua capacidade. A doença de Alzheimer é processo progressivo degenerativo do cérebro da metade para o fim da vida. Há uma atrofia gradual dos neurônios. Estes desaparecem do córtex cerebral. A principal acentuação da atrofia aparece nas regiões frontal e occipital.

A demência que acompanha a doença de Alzheimer tem poucas características distintas. O início é insidioso e progride aos poucos. São os distúrbios de afeto como depressão ou ansiedade e desorientação no tempo e no espaço. Ao lado dessa sintomatologia, um certo número de pacientes apresenta alucinações auditivas e visuais, podendo aparecer convulsões além de dificuldades da fala e da marcha.

Finalmente, há uma demência profunda e um estado de descerebração com contraturas de flexão de todos os membros.

A idade varia. O quadro clínico, como já foi dito, é progressivo e à medida que a população envelhece, a doença vai se tornando mais encontradiça. A doença de Alzheimer é mais comum entre as mulheres. Hoje, os modernos métodos de diagnóstico junto com as manifestações clínicas já dão um diagnóstico de certeza. A patologia é incurável, mas já há medicamentos que aliviam os transtornos ocasionados por ela.

Artigo baseado in Tratado de
Medicina Interna de Cecil-Loeb, edição 14.a.