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Antibióticos

Desde os primórdios da humanidade, tem-se tentado curar as doenças infecciosas, ministrando aos doentes remédios retirados da natureza. No início da década de trinta, foi sintetizada a sulfonamida, abrindo- se um amplo campo no tratamento daquelas doenças. Em 1929, Fleming, por acaso, descobriu a penicilina, mas, a comunidade científica não percebeu a importância da descoberta. Só durante a Segunda Guerra Mundial, Florey e Chain descobriram um método para obter em grande escala a produção da penicilina, produto do metabolismo de um fungo.

Fleming, Florey e Chain ganharam o prêmio Nobel de Medicina e fisiologia de 1950. Nos anos seguintes, diversos pesquisadores procuraram obter da secreção de fungos ou bactérias substâncias que inibissem o crescimento de microorganismos causadores de doenças. E assim surgiram outras penicilinas, as cefalosporinas, e os macrolídeos representados pela eritromicina e a estreptomicina. Este último antibiótico foi o primeiro a ser usado no tratamento da tuberculose. Depois vieram os aminoglicosídeos, as tetraciclinas, o cloranfenicol, este até hoje usado no tratamento do tifo. Há pessoas que estão constantemente adoecendo e outras não.

Isso se deve ao sistema imunológico. Esse sistema é acionado logo que bactérias causadoras de enfermidade invadem nosso organismo. Os antibióticos ajudam o sistema imunológico, destruindo os microorganismos. Como toda substância, depois de algum tempo, eles são excretados, diminuindo sua concentração no sangue, ensejando a reprodução dos germens. Daí se conclui que é necessário o paciente ingerir outra dose do medicamento e que o tratamento não seja interrompido a fim de que não apareçam cepas resistentes do microorganismo. Antibióticos, que no passado foram tão efetivos, hoje são inócuos. Em doenças graves, que ameacem a vida como tuberculose, meningite, septicemia, deve-se usar dois ou três antibióticos a fim de prevenir-se os casos de resistência bacteriana.