Como fazer uma boa gestão como síndico

“Labutar” com gente não é fácil, e não seria diferente tratando-se de condomínio, pois são pessoas diferentes e de hábitos diferentes. Têm muitos moradores, como eu, que nunca tinha vivido em condomínio. Alguns não têm a cultura de ter cuidado com os espaços coletivos, confundem com os individuais, de jogar o lixo no lixo, com o barulho excessivo, dentre outras questões. O segredo é tentar sempre conversar, chamar a atenção e muitas vezes pegar no pé mesmo, mas tudo dentro das normas e regras condominiais, que se apresentam na convenção e regimento interno, mas com sensibilidade e tolerância.

Eis algumas dicas de especialista nessa seara. Item Administração: 1- Assembleia – todos devem receber convocação sob pena da assembleia ser anulada. O sindico deve programar uma pauta objetiva e deixar os assuntos gerais para o final da reunião. Manter o Conselho Fiscal informado sobre os balancetes e convoca-lo quando tiver uma decisão importante para tomar é essencial; 2- Previsão orçamentária e nota fiscal – ao prever o orçamento, a inflação do ano e o reajuste salarial dos funcionários devem ser levados em conta. A nota fiscal ou recibo devem ser pedidos para provar a aquisição de produtos e serviços e poder elaborar corretamente a prestação de contas que é anual e obrigatória por lei; 3- Administração e síndico profissional – uma empresa pode dar suporte ao síndico na administração do prédio e ser uma saída para quando ninguém quer assumir o cargo. No caso do condomínio já possuir um síndico é essencial que este se aprimore nos conhecimentos por meios de cursos e palestras sobre gestão condominial.

Além disso, 4- fundo de reservas e cotas extras – o fundo de reserva serve para cobrir emergências e não deixar o caixa no vermelho. O percentual destinado deve ser estipulado pela convenção. O condomínio pode fazer o parcelamento do valor e inserir na taxa condominial durante o ano para evitar as cotas extras próximo ao final do ano; 5- documentação – Os documentos do condomínio deve ser arquivado. O tempo que deve ficar guardado varia de cinco anos, como as apólices, a permanentemente, n caso de plantas do condomínio.

Quanto ao Item Segurança: 1- Equipamentos e vigilância – Ao elaborar um aplano de segurança é recomendado o apoio de um consultor de segurança especializado em detectar as vulnerabilidades do prédio. A junção entre equipamentos de vigilância eletrônica, vigia 24 horas e procedimentos de moradores é uma fórmula eficaz para inibir invasores. O morador deverá ser chamado na portaria para receber flores, presentes, pizzas, presentes e outros objetos no apartamento; 2- Muros – Cuidar dos muros do prédio é a melhor forma de prevenir a entrada de invasores. Recomenda-se o uso de sensores ou cercas elétricas. Para garantir segurança, o controle de acesso é fundamental. Já a guarita deve oferecer visibilidade para o controle de entrada e saída. O ideal é ser blindada, com dispositivo de recepção de encomendas; 3- Extintores e porta cota-fogo – Não se esqueça do período de recarga dos extintores e de revisão das mangueiras. A porta corta-fogo deve estar sempre fechada e sem obstruções. Já a central de gás deve estar limpa e arejada.

Outro ponto, ainda dentro do item segurança é a 4- Emergência e primeiros socorros – é fundamental que o síndico ou os funcionários estejam preparados para o atendimento de primeiros socorros. O condomínio deve ter um plano de abandono que determine as atitudes necessárias para prevenir e minimizar acidentes. Em caso de incêndio desligue a central de gás, a chave geral de energia elétrica, evacue o prédio e ligue para os Bombeiros (193). Tenha sempre o telefone de emergência da Policia Militar (190), da civil (1970), Samu (192), dentre outros.