Artigo

Vacinar é preciso – Parte II

No século XIX, Edward Jenner observando o aparecimento de pústulas nas mãos das ordenhadoras de vacas e que elas não adoeciam de varíola, recolheu um pouco das secreções que foram inoculadas, através de escarificação, nos braços de várias pessoas, que nunca adoeceram.

          Jenner, que era médico no meio rural, estava dando um grande passo no desenvolvimento da medicina. Graças aos trabalhos pioneiros dele, durante a pandemia de Covid-19, milhões de pessoas foram salvas e estão sendo até hoje.

          Na época que a vacinação não era muito difundida, a poliomielite deixou muitas pessoas paralíticas ou que foram ao óbito. Lembro-me que certa vez uma mãe me trouxe seu filhinho de quatro anos de idade que andava de um canto para o outro quando deixou de andar. Chorosa, ela me informava a destreza com que o pequeno se movimentava pela casa. A vacinação teria evitado aquele desenlace. O Presidente Roosevelt ficou preso a uma cadeira de roda e o filho caçula do Presidente Vargas foi ao óbito aos vinte e cinco anos de idade devido o Dr. Sabin ainda não ter sintetizado sua vacina anti-pólio.

          Com a vacinação em massa, a pólio foi erradicada do Brasil e em muitos países. Porém, em algumas regiões da África, a doença permanece. Daí, a necessidade de os responsáveis pelas crianças devem leva-las sempre aos postos de saúde para ser vacinadas.

          Nos últimos anos, a taxa de vacinação tem caído devido à baixa procura pela imunização. Essa condição levou um infectologista a exclamar que a vacinação tem sido vítima de seu sucesso. Como no Brasil, há anos não se registra um caso de poliomielite, pensam alguns pais não ser mais necessário imunizar suas crianças. Isso é preocupante, pois as enfermidades evitáveis por imunizantes podem retornar. Recentemente, vários casos de sarampo surgiram em crianças não vacinadas contra aquela doença.