Artigo

Gaspar Viana e Manuel de Abreu Grandes Mestres da Medicina Brasileira

Volta e meia, andando pelas ruas das cidades, nos deparamos com pessoas sentadas nas calçadas, exibindo uma das pernas atacada por uma ferida. É a Leishmaniose, também causada por um parasita microscópico. A ferida pode aparecer em qualquer parte do corpo, onde o mosquito picou. O paciente, via de regra, cobre a perna com um plástico a fim de evitar o ataque de moscas. Não tratada, a afecção pode evoluir para uma forma mais grave, afetando o fígado. E o paciente fica hospedando os parasitas, que contaminando outros mosquitos, durante o ato de sugar sangue irão contaminar outras pessoas.

          Até o ano de 1911, quando Gaspar Viana introduziu o tártaro emético no tratamento da leishmaniose o quadro era grave. A doença progredia, causando, principalmente na face, marcas que tornavam os pacientes reclusos. Hoje, já há outros medicamentos que devem ser usados por via injetável sob supervisão médica.

Manuel de Abreu.

         Manuel de Abreu graduou-se em medicina em 1914 e logo depois viajou para a França, onde se especializou em radiologia do tórax. De volta ao Brasil, publicou um artigo sobre interpretação radiológica das lesões pulmonares causadas pela tuberculose.

  Em 1935, conseguiu inventar um método de redução de uma radiografia do tórax que seria chamada de abreugrafia. Esse novo método, mais barato e mais simples, se difundiu, inclusive no exterior.

         Manuel de Abreu, além de baratear através de seu invento, o diagnóstico da tuberculose, lecionou radiologia e teve seu nome reconhecido mundialmente.

         Em 1962, ironicamente, faleceu, vitimado por um câncer de pulmão devido ao tabagismo, vício do qual nunca se desfez.