Entrevista

O entrevistado dessa edição do DIREITOS, é o jornalista e membro da Academia Grapíuna de Letras (Agral), onde ocupa a cadeira nº 4, que tem como patrono José Teixeira Bastos e Presidente da Associação Bahiana de Imprensa Seccional Sul (ABI Sul), Ramiro Soares de Aquino.

DIREITOS – Como foi criada a ABI Sul?
Ramiro Aquino – Quando de sua fundação em 1978, tendo como presidente o saudoso jornalista Eduardo Anunciação, a ABI Seccional Sul seguia uma das propostas da direção da ABI estadual, à frente o jornalista Afonso Maciel Neto, que era a de interiorizar os quadros da instituição. Criavam- -se assim as Seccionais Sul, com sede em Ilhéus, para abrigar profissionais de comunicação do sul da Bahia e a Norte, sediada em Juazeiro, que acolhia os nossos colegas daquela região. A defesa das principais lutas da categoria, como a liberdade de expressão e a ética profissional, foram e continuam sendo determinantes no trabalho da ABI.

DIREITOS – Que realizações podem ser atribuídas à sua gestão?
Ramiro Aquino – Duas das nossas principais lutas se prenderam à confirmação da doação de um prédio por parte da Prefeitura de Ilhéus, para acolher a nossa sede e a de outras instituições, como o Sindicato dos Jornalistas e a Associação dos Fotógrafos, iniciada numa das gestões do Prefeito Jabes Ribeiro. Reiteramos a solicitação na administração do prefeito Newton Lima, quando de nossa posse, tendo o gestor prometido agilizar a doação. O assunto chegou inclusive ao conhecimento da ABI Estadual, mas o processo não andou muito. Uma outra linha de batalha, que ainda está de pé é a criação do Museu da Imprensa Regional em convênio com a Universidade Estadual de Santa Cruz.

DIREITOS – Qual o atual quadro de associados da ABI?
Ramiro Aquino – Hoje estamos com apenas 37 associados cujos nomes foram aprovados pela ABI estadual, mas uma de nossas propostas é ampliar esse número, pois não se justifica não termos pelo menos o dobro desse quadro, considerando a quantidade de que temos na região de gente qualificada. Segundo a conversa que tive recentemente com o presidente Walter Pinheiro, da estadual, continua a exigência de novos sócios que obedeçam um perfil de seriedade, ética e compostura profissional.

DIREITOS – E como sobrevive a ABI?
Ramiro Aquino – Não conseguimos implantar uma cobrança mensal que atendesse as nossas mínimas despesas. Pelo tamanho do quadro o valor não seria suportável pela maioria dos associados e por isso preferimos não fazer nenhuma cobrança por enquanto. Mas estamos reavaliando essa questão com a ampliação do quadro. Felizmente não temos despesas com a nossa sede provisória que foi gentilmente cedida pela Academia de Letras de Ilhéus (ALI) e em outros casos como auxilio funeral com algum associado rateamos entre os diretores e outros companheiros.