Notícia

Propostas de políticas de saúde para povos indígenas são debatidas em conferência no sul da Bahia

gov

Discutir e propor políticas de saúde e linhas de cuidado para a população indígena são os principais objetivos da primeira Conferência Livre de Saúde Indígena da Bahia. O encontro, que tem como tema “Garantir direitos e defender o SUS, a vida e a democracia”, está sendo realizado nesta sexta-feira (17) no Colégio Estadual Indígena Coroa Vermelha, em Santa Cruz Cabrália, no sul do estado.

As discussões estão sendo pautadas dentro de quatro eixos. O primeiro tem como tema “A Bahia que temos. A Bahia que queremos”. O segundo é intitulado de “O papel do controle social e dos movimentos sociais para salvar vidas”. No terceiro eixo, as propostas giram dentro do tem de “Garantir direitos e defender o SUS, a vida e a democracia”. O quarto é ” Amanhã será outro dia para todos, todas e todes”.

O subsecretário da Saúde do Estado, Paulo Barbosa, na abertura do evento, destacou que a conferência é um marco histórico no SUS da Bahia. “Nós estamos aqui construindo a história. Sabemos que temos que ir muito além da conferência, na construção de políticas e a Secretaria da Saúde do Estado integra esse fortalecimento. Temos como prioridade levar propostas para as conferencias estadual e nacional de saúde”, afirmou o subsecretário.

Patrícia Pataxó, superintendente de Políticas para os Povos Indígenas do Estado, pontuou a representatividade dentro do Governo do Estado. “Chegamos para atender os nossos povos. Temos um grande compromisso. O governo da Bahia estará articulado com o governo federal e municipal para avançar nas políticas para os povos indígenas”. Para a Superintendente, a conferencia é um exemplo da democracia, um exemplo da diversidade. “Não é legitimo construir políticas para saúde indígena sem escutar o povo indígena. Nossos povos devem ser escutados. Com a conferência começamos a construir essa participação social”, afirma.

Para Magna Kaimbé, a conferência é um espaço de contribuição para melhoria da assistência à saúde dos povos indígenas. “Viemos de Euclides da Cunha porque somos defensores dos nossos direitos. Quando estamos juntos, fortalecemos a nossa identidade e a nossa cultura. A defesa das questões de saúde é essencial para a sobrevivência das nossas comunidades”, afirma.

A Conferência é uma realização conjunta do Conselho Distrital de Saúde Indígena do Estado da Bahia (CONDISI/BA), do Distrito Sanitário Especial Indígena da Bahia (DSEI/BA) e do Conselho Estadual de Saúde da Bahia (CES/BA). A conferência contou com a participação do secretário Nacional de Saúde Indígena, Weibe Tapeba; do Presidente do Conselho Estadual de Saúde, Marcos Sampaio; e de diversas lideranças indígenas.

Foto: Divulgação/Sesab