Revista Veja destaca projeto do “Ler faz bem à saúde” da Uesc
Projeto visa despertar o gosto pela leitura e o bem-estar físico e emocional
O Veja Saúde, suplemento da Revista Veja, da Editora Abril, destacou a experiência do projeto “Ler faz bem à saúde”, desenvolvido pelo Programa de Incentivo à Leitura (Proler) da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), coordenado pela professora Glória de Fátima Lima dos Santos, do Departamento de Letras e Artes (DLA). Na matéria “Mente Saudável – Por que ler faz bem à saúde?”, a revista aborda como a leitura traz vantagens únicas para o bem-estar cognitivo, mental e social das pessoas.
A reportagem apresenta diversos projetos e iniciativas sobre a prática da leitura em diversos locais do País, além de experiências e livros quer reverberaram na vida das pessoas a partir do consumo da leitura. Dentre esses projetos, cita o “Ler faz bem à saúde”, do Proler/Uesc, que visa promover práticas leitoras entre pacientes de ambientes hospitalares, nos municípios de Ilhéus e Itabuna.
O projeto “Ler faz bem à saúde” surgiu em 2010, com a finalidade de promover eventos de práticas leitoras, visando despertar o gosto pela leitura e pela interação com o texto, o bem-estar físico e emocional dos pacientes, encontros com outros mundos e vivências manifestos nas palavras de um bom livro, além de proporcionar formação e experiência para guias de leitura, vinculados ao Projeto por bolsa PROBEX e por voluntariado (entre alunos da graduação, professores e outras pessoas da comunidade interessados em trabalhos voluntários com mediação de leitura).
A professora Glória Santos começou a contar histórias em dois centros de hemodiálise da região. Ela conta que na hora de selecionar um livro, optou por As Mil e Uma Noites, antologia de fábulas árabes que inclui, entre tantas, Aladim e a Lâmpada Maravilhosa e As Aventuras de Simbad, o Marujo. “Como Sherazade, aqueles pacientes também estavam ali lutando pela vida”, compara.
Em certa ocasião, a professora Glória ouviu da mulher de um paciente: “Sei exatamente quando vocês estiveram no hospital. Meu marido chega em casa contando histórias, e não falando de doenças”. A metodologia busca uma ação interativa, operacionalizando as atividades de forma a promover a participação e a socialização de experiências leitoras.
Conforme a professora, “contos, crônicas, histórias, poesias, personagens, letras, performances e muita interatividade marcam as sessões de leitura, contação de histórias e círculo de leituras. Os efeitos positivos que a leitura proporciona ao processo de recuperação da saúde dos pacientes, despertando-lhes esperança, desabrochando risos, tocando-lhes o intelecto, a emoção e ativando seu cérebro, são significativos e incontestáveis na promoção do bem-estar emocional e físico, além de ampliar seu universo cultural”, acrescenta Glória de Fátima Lima dos Santos.
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