Artigo

Um Pouco da História de Itabuna

Esta cidade, hoje dinâmica e bela, tem uma história de lutas e glórias. Sua epopéia teve começo nos idos de 1553, quando efetivamente se iniciaram as explorações das margens de um curso d’água que nascia nas bandas da Serra da Itaraca, mas tarde batizada como Rio Cachoeira.

Roças, pequenas clareiras abertas no meio da mata hostil, foram desaparecendo com o tempo. Poucas, bem poucas mesmo, conseguiram se transformar em pouso de viajantes. Duas delas, localizadas à margem do Rio Cachoeira, lograram sobreviver recebendo mais tarde a denominação Ferradas (que hoje é um dos bairros de Itabuna) e Tabocas, quando passaram à condição de Vila, em lento processo de transformação.

Em 4 de agosto de 1906, alguns Deputados, encaminharam um projeto elevando o Arraial de Tabocas
à categoria de Vila. E no dia 13 de setembro, também desse mesmo ano, a Lei Nº. 692 desmembrou do Município de Ilhéus a Vila de Tabocas, constituindo assim o novo município dando-lhe o nome de Itabuna. Foi através da Lei Nº. 807 de 28 de julho de 1910 que Itabuna foi elevada à categoria de cidade.
A cacauicultura foi o principal (alguns acreditam que ainda seja) recurso econômico para o desenvolvimento das cidades do Sul da Bahia, até meados dos anos 30, proporcionando um rápido crescimento sóciopolítico-econômico, “tecnológico” e educacional da civilização grapiúna. Mas devido aos problemas internos da “Política do Café-com-leite” da República Velha e da crise da Bolsa de Valores de Nova York de 1929, os produtores começaram a viver uma fase intensa de crise que cada vez mais foram se acumulando. E no auge da crise, o Presidente “bossa novista” Juscelino Kubistchek nos socorreu criando a CEPLAC – Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira, que tem (ou tinha?) como objetivo recuperar e racionalizar a lavoura dos frutos de ouro, o que conseguiu parcialmente
naquele período. Com a criação desse órgão essa “jovem senhora” conseguiu soerguer até a advinda da crise da década de 80.

Itabuna que por muitos anos foi conhecida como a “Capital do Cacau”, maior fonte de renda da região, que em face da vassoura-de-bruxa (doença endêmica que ataca e destrói árvores e frutos do cacaueiro) e que segundo pesquisadores aqui chegou ao final da década de 80, trazendo uma grande instabilidade econômica a região. Vivemos um momento de transição, com a proposta de diversificação da economia, pois a monocultura foi boa no passado, mas sozinha é inócua no presente e, nossa cidade tem potencial para outros ramos como o de prestação de serviços e comércio (incluindo aí o turismo de negócio).

Esperamos que os ideais dos corajosos desbravadores dessa linda, maravilhosa, hospitaleira e outrora
pujante cidade sirvam de “bússola” e exemplo para que os grapiúnas dêem a volta por cima e deixemos de ser a cidade do já foi e já teve.

Parabéns aos Itabunenses e a cidade de Itabuna por seus 99 anos de emenacipação política.