O que andam fazendo com nossos outdoors?

Tenho visto nos últimos tempos inúmeras peças (outdoor) no nosso pequenos, mais produtivo mercado regional de publicidade, com erros grotescos. Há algum tempo não trabalho com agência de propaganda, mais ainda recordo que existia todo um projeto gráfico direcionado para o nosso mau tratado outdoor.

Lembro-me que a peça tinha que ser o mais sintética e objetiva possível. Uma boa imagem, uma frase de efeito e a assinatura do cliente já bastavam; pois pelo que sei este tipo de publicidade é direcionada a um público que anda de automóvel, e, que não leva mais que sete ou oito segundos para ler.

A poluição visual de um outdoor agride a todos. Um número excessivo de fontes, cores que mais pertubam e prejudicam a leitura, que ajudam no layout, textos minúsculos e em tipo serifado – para quem não sabe a serifa é diretamente ligada aos tipos romanos, exemplo:

Times New Roman – que não são recomendados em peças como o outdoor. Caso venha a usar, procure evitar que a letra esteja no formato normal. Informações de canto de página ou rodapé dever ficar visíveis.
Outra informação importante é que o outdoor tem proporção equivalente a 1×3, o que quer dizer que para cada metro na altura, 3 metros na largura. A divisão do mesmo é sempre feita em 32 pedaços, sendo eles montados com 4 pedaços na altura e 8 na largura, hoje já existem máquinas que plotam o outdoor inteiro, mas muitas empresas ainda usam o método tradicional. O artista gráfico antes de mais nada precisa criar esta malha, para ter o cuidado de não deixar que frases inteiras sejam cortadas ao meio. Por mais profissional que seja o montador, haverá sempre imperfeições na peça. Existem casos que um determinado elemento do outdoor chegar a ficar no cruzamento de 4 peças, mostrando o quanto o design é inexperiente no assunto. O pior é que na maioria das vezes o cliente e a própria agência deixam o material ir para rua. O layout além de muita análise, precisa ser visto a uma distância simulada que proporcionalmente lhe dê uma visão de 20 a 25 metros. Se o mesmo der leitura, você vai estar com uma boa peça publicitária. Outra coisa é a questão iluminação. Nas capitais, o cliente tem sempre a opção na hora de escolher um back light, front light, que são outdoors com iluminação noturna, se não temos estes recursos, precisamos estar atentos a estes detalhes, para não colocarmos no mercado uma peça que tenha função simplesmente diurna. A preocupação com a visibilidade do produto é muito importante,
senão a agência, o cliente e o produto não alcançarão a meta desejada. Com isso perde o cliente, pois não vende o produto. Perde o produto, pois não sai da prateleira, e perde a agência; pois cliente insatisfeito não volta.