Artigo

Tantas histórias

A história distrai! Assim diz Marc Bloch em seu emblemático livro “A escrita da história, ou O ofício do historiador”. Ponto de convergência de diversos projetos, elemento a aglutinar idéias, lances, opiniões, verdades, utopias e desejos, a história vem galgando a cada dia mais repercussão entre as mais variadas pessoas nos mais diferentes grupos e classes.

O anseio pelo conhecer a si a aos outros, a necessidade em aprender com o passado, os dilemas do futuro, são elementos que impulsionam os homens naquele caminhar para outros períodos, a buscar respostas e escapes para os dilemas do tempo presente.

Assim pretende-se mostrar aqui, “nessas mal traçadas linhas” para lembrar Erasmo, itens que compõem nossa história brasileira. Além disso, fazendo jus ao nome da coluna, iremos apontar outros caminhos, discorrer sobre outras histórias. Afinal, o ser humano aponta caminhos e respostas, numa pluralidade que nos caracteriza enquanto espécie, na literatura, nas músicas, nos filmes, em lendas, contos, crônicas, poemas, imagens e demais objetos que ele, em sua trajetória cultural e histórica, vem desenvolvendo ao longo do tempo. Tempo que aqui será sempre entendido como múltiplo, plural, dosado em diferentes itens.

Senhor absoluto de cada um de nós “tão bonito, como a cara do meu filho” (Caetano Veloso). Ele que com sua passagem nunca vista, mas sempre sentida, impõe ritmos e variações para os mais diferentes povos e pessoas, em lugares os mais diversos.

Assim convido você leitor a acompanhar nessa nossa coluna, idéias, apostas, explicações e sugestões que serão aqui depositadas. Tenha nela uma janela para visualizar narrativas e respostas que nós historiadores temos apontado para a compreensão do passado brasileiro.

Entender o passado faz com que lacemos novos olhares sobre o a sociedade humana em nosso tempo. Respeitar o outro, naquilo que ele tem de diverso, de diferente é um dos componentes que tem norteado a humanidade desde o fim das Grandes Guerras Mundiais.

Tentar trilhas e caminhos que possibilitem oferecer respostas aos nossos problemas sem ter que resolvê-los via armas e conflitos é um desafio constante. Num país de democracia consolidada, mais ainda recente, com tantas desigualdades e infrações sobre os direitos humanos, nada melhor do que pensar a diversidade e as múltiplas formas como o homem tem vivido ao longo de sua trajetória para melhor tentar
conviver no presente. Num jornal que pensa e reflete o Direito nada melhor.

Convido também a acessarem essa coluna em: http://histriasnoplural.blogspot.com/.