Artigo

A potencialidade da mente humana

O conhecimento que a humanidade dispõe
acerca da mente humana ainda é pífio. Afora
alguns cientistas que trabalham com
neurociência, principalmente os que laboram nos Institutos para o Desenvolvimento do Potencial Humano (Filadélfia, EUA), o resto do mundo está mergulhado no obscurantismo reinante do assunto.

Para o psicanalista e pensador José Ângelo
Gaiarsa, que acaba de lançar o livro Educação
Familiar e Escolar Para o Terceiro Milênio, da
editora Ágora, o ambiente escolar, por exemplo, desconhece os dados importantes colhidos nos tais Institutos, sobre o cérebro. No neonato o cérebro pesa 22% do corpo (no adulto pouco mais de 2%). A circulação cerebral é de início 03 vezes maior que a do adulto, depois duas, nivelando na adolescência.

Aos 05, 06 anos, a massa cerebral já alcançou 90% do volume que terá no adulto. E pautado nisso, os Institutos para o Desenvolvimento Humano, sob a tutela de Glenn Doman e há mais de 40 anos, vêm sendo educadas crianças que com 01 ano já sabem ler, conhecem aritmética, aos 02 ou 03 já lêem correntemente, escrevem livros e peças de teatro, além de mostrarem um conhecimento enciclopédico muito bem assimilado.

Pouco depois podem conhecer duas, três ou
mais línguas (entender, falar, ler), tocar um ou
mais de um instrumento (com alto nível de
execução), programar computadores, nadar e
mover-se como atletas olímpicos.

Tudo com muito prazer e nenhuma coação,
competição ou exames. A professora é 90% do tempo das “aulas” a mãe ou o pai. Eles não precisam de cursos especiais. A “técnica” do ensino é muito fácil, favorece a formação de uma relação mãe-filho/pai-filho original e com certeza realiza o sonho de todos os pais do planeta: “Que eu possa fazer por ele tudo o que está em mim – e tudo o que está nele.”

O pessoal dos abençoados Institutos não
cansam de proclamar: toda “aula”, ou melhor
dizendo, toda “forma de educar alguém”, tem de ser fácil, agradável, alegre para os dois, crianças e “professores”. Ou será melhor não dar a aula.

Notar: as “aulas” duram de segundos a minutos e são repetidas várias vezes ao dia. E não é utopia de algum cientista alucinado. É a realidade apresentada pela quase meia década de pesquisa e prática.

Os Institutos que despertam a potencialidade
já formaram milhares de mães/pais, aceitando as crianças que apareciam – sem testes nem seleção.

Aliás, condenam competições, exames e testes que despertam reservas e desconfianças na
criança, tanto em relação a si mesmas, quanto em relação aos que ensinam. Qualquer bebê pode se tornar excepcional, se bem amada e levada a sério.

Eles por lá levam, e muito, a sério os dados
acima sobre o cérebro e agiram de acordo: dos primeiros anos de vida até os 05, 06 anos, podese ensinar para crianças o que quisermos (e tudo o que elas quiserem!) e elas aprenderão sem esforço e com muito prazer. Aprenderão muito de tudo e de todos os que as cercam, por imitação inconsciente.

Este é o significado pedagógico dessas
descobertas: crianças humanas podem aprender mais nos 05 primeiros anos de vida do que em todos os demais anos de sua existência. E é justamente no final desse ciclo que as crianças estão entrando onde? Nas escolas… desperdiçando esse período do potencial máximo delas.

É uma pena! É uma pena que ainda estejamos na Idade Média da pedagogia, do aprendizado. É uma pena que, como pais, estejamos mergulhados na ignorância educacional dos nossos filhos, mais perdidos que deficiente visual em tiroteio!