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O exemplo que vem de cima

O Governo Federal está liberando R$ 70 milhões de reais para Itabuna. Esses recursos são relativos a obras de ampliação do sistema de abastecimento de água, construção e reforma de casas populares e urbanização do centro da cidade, com a cobertura do canal da avenida Amélia Amado.

Não estão incluídos nessa conta recursos oriundos de convênios para as áreas de saúde, educação e esportes e programas de transferência de renda, como o Bolsa Família.

Trata-se, efetivamente de uma boa notícia, ainda mais quando se leva em conta que a cidade é administrada por um político em tese (e aqui o “em tese” torna-se mais do que necessário) de oposição, pertencente ao DEM, partido frontalmente contrário ao presidente Lula e ao governador Jaques Wagner.

Nunca é demais lembrar que durante décadas, Itabuna e o Sul da Bahia foram relegados ao mais completo abandono, esquecidos por políticos que por aqui só apareciam na hora de pedir votos.

Enquanto havia a pujança do cacau, bastava que a Ceplac exercesse o seu papel de “Estado dentro do Estado”, investindo em infraestrutura, pesquisa e extensão e socorrendo as prefeituras sempre que necessário.

Mas, quando a crise se aprofundou, a Ceplac perdeu autonomia, a região empobreceu, a economia desandou e o Governo do Estado, que era omisso, continuou omisso, mesma postura adotada pelo Governo Federal.

Em meio ao caos provocado pela vassourade-bruxa, os governantes se apresentaram como salvadores da pátria, com suas promessas mirabolantes de recuperação da lavoura e reaquecimento da economia.

Foram mais de duas décadas de enganação, respaldada por uma inacreditável subserviência de quem deveria ser porta voz da população.

Como não havia mágica que solucionasse todos os problemas da noite para o dia, a partir da eleição de Lula para presidente e em seguida de Jaques Wagner para governador, iniciouse em trabalho com resultados a médio prazo, como a reestruturação da Ceplac, o lançamento do PAC do Cacau e ações emergenciais, como os programas de transferência de renda.

A região passou a receber recursos para investimentos em infra-estrutura, habitação popular, saneamento básico, saúde e educação. Tudo isso sem olhar o partido do prefeito de plantão e sem discriminar ninguém.

O que já era prática com Lula, tornou-se prática com Jaques Wagner para o Governo da Bahia. Eles tratam a região com respeito e sabem que só mesmo com o apoio governamental teremos condições de viver um novo e duradouro ciclo de desenvolvimento.

Os 70 milhões de reais liberados para obras em Itabuna e projetos regiões importantes como o Porto Sul, a Ferrovia Oeste-Leste, o Gasoduto da Petrobrás e o PAC do Cacau terão um impacto positivo não apenas no reaquecimento da economia regional, mas principalmente na melhoria de vida das pessoas.