Artigo

Ser filho de Deus!

“Se quisermos que uma mensagem de amor seja ouvida, temos de emiti-la. Para manter acesa uma lamparina, temos de abastecê-la com óleo”. Madre Teresa de Calcutá

Jamais houve na face da Terra um povo totalmente ateu. Todos tinham concepções variadas sobre a existência de Deus, de um Criador, de uma Entidade acima dos humanos. Do mais autóctone ao mais sapiente, a ligação do homem com o sobrenatural, o inexplicável, mesmo que inconscientemente, é fato normal e corriqueiro.

O que não da para entender é o que a humanidade já fez por conta dessa suposta Criatura onipotente, onipresente e onisciente. Guerras, perseguições, mortes, cruzadas, totalitarismos, inquisições, só para ficar entre algumas que merecem ser repelidas pelo que carregam de pior: o fanatismo.

O fanático é aquele que, alienado na sua “verdade”, não consegue enxergar o além, o outro, na sua complexidade e na sua diferença.

Um exemplo típico desse fanatismo é o sujeito que carrega a Bíblia embaixo do braço e começa a pregar em praças públicas, em transportes coletivos, nos becos do carnaval. É a maior falta de caridade em que ocorrem: em nenhuma passagem bíblica se ensina a constranger ao próximo, a pregar em vão, a convencer alguém que não concorde consigo!

Os ensinamentos críticos – muito mais atuais e condizentes com a realidade do que os do Velho Testamento, pregados por seitas conservadoras – dizem para anular todos os profetas e todas as leis e seguir uma única máxima: Amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo, não diz para converter à força outrem, empurrá-lo para a sua igreja, ouvir palavras que não deseja, ser coagido de qualquer forma. Isso é contra o amor, logo, isso é contra Deus!

Alguns (pseudo) crentes não amam o próximo como a si mesmo, acho que não amam nem a Deus, pois levam Seu nome em vão em inúmeras ocasiões, até em papos de esquina! Muitos não respeitam a crença alheia, todas as outras religiões são coisas do demônio ou, no mínimo, espúrias se comparadas com as deles. Assim também como não compreendem o pensamento divergente, quando foi o próprio GADU (Grande Arquiteto Do Universo, como dizem os maçons), quem criou a todos com a maravilha intransferível do livre-arbítrio.

Apenas essa máxima (amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo) regularia toda a existência humana e serviria para todas as civilizações.

Não necessitaria de mais nenhum ensinamento, nenhuma palavra, nenhuma página riscada, nenhum templo. E os homens preferem não ver o óbvio! Preferem buscar caminhos difíceis, complicados, porque não sabem o que é amar, desconhecem essa linguagem universal.

Jesus de Nazaré – segundo atestam inúmeras passagens bíblicas é filho de Deus e não o Próprio, como pregam erroneamente – foi quem lançou essa reflexão, pois sabia que os homens da sua época eram egoístas, incautos, fanáticos.

Dar algo que você não tem ou não cultiva é impossível.

Por isso, amar ao outro como a si mesmo: nós só podemos amar alguém quando tivermos amor pulsante e verdadeiro dentro de nós. Ou você pode dar cem reais sem tê-lo na carteira?