Artigo

Então é natal! O que você faz?

Chega o natal, um sentimento nos é transmitido pelo ar, pelo tempo, pela vida. Há sempre um algo de novo, uma sensação de deja vu misturado a ideais e idéias de que uma vida nova se nos é possível. Vontade de confraternizar, de ver tudo diferente, de um novo começo, de uma vida mais feliz, mais simples, mais despojada.

Então é natal! Lenon, perguntou o que você fez? Pergunto eu: o que você faz?

O espírito natalino vem impetuoso, intempestivo, nos abarcar, nos incendeia. Mesmo aqueles que não vivenciam a mensagem do Cristo e de sua Igreja (sim sou Católico e nisso acredito), percebem que o Ocidente nesse período vive um momento especial. Um momento de rever, de repensar. Mas, hoje, conclamo a que não repensemos, mas, no entanto, que pensemos. Ou melhor, que possamos agir, deliberadamente, com todo força, sofreguidão e com todo vigor.

Que possamos ter no corpo e na mente aquele mesmo espírito que insuflou Paulo em suas várias viagens para espalhar a Boa Nova.

Então… é natal! Penso como o Natal já não é! Não mais é o período de reunião familiar, apesar de muitos ainda tentarem, não é mais o período em que estamos felizes pela “Boa Nova”. Não, não é mais um momento de fraternidade cristã.

Infelizmente cada vez mais esse é o período de vivência pautada em um consumo desenfreado.

Compramos, compramos, compramos, oxe, como compramos. Nada contra consumir (particularmente adoro ir a lojas, livrarias e outros lugares, adquirir produtos para mim, minha família ou amigos).

Mas, ora bolas, o que dizer quando uma data pensada a quase dois mil anos, para comemorar o nascimento Daquele que é Nosso Senhor e Salvador tem como mais importante sujeito um velhinho gordo, bonachão, jovial e alegre? O que pensar de uma sociedade que esquece o significado de uma data e, ao invés de demonstrar seu reconhecimento por Aquele que pretensamente ela adora, tece loas a um padrão de consumo e de vivência que tem no lucro seu único objetivo?

Mães, que serão de vossos filhos?

Pais que conhecimento vocês transmitem no natal: o nascimento do Salvador, sua mensagem e vivência, ou noção de consumo, de que pra ser feliz e amado é preciso apenas comprar, comprar, comprar?

Em tempos de capitalismo triunfante, em que diversas propostas foram alijadas, creio que esteja na hora de pensarmos e repensarmos que ideais e que imagens queremos fornecer as nossas crianças: se a fraternidade ou o consumo alienado!

Feliz Natal!