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Meningite Meningocócica

Todos os órgãos que ficam no encéfalo – bulbo, ponte, cérebro etc. – e a medula espinhal são envolvidas por uma camada chamada de meninges. A inflamação dessas estruturas causada por bactérias, vírus, fungos etc. é chamada de meningite.

As manifestações clínicas num paciente tais como dor de cabeça, vômitos, torpor ou irritabilidade, febre, calafrios, manchas avermelhadas no corpo e principalmente a rigidez da nuca levam o médico a suspeitar de Meningite. É conveniente ressaltar que nem toda rigidez de nuca é comprometimento das meninges. Nas crianças de colo, o abaulamento da fontanela – moleira – pode estar presente.

Quando aparecem na pele manchas avermelhadas, o prognóstico não é bom. Tais manchas representam um comprometimento de todo organismo, mormente de certos órgãos como as suprarrenais e os rins.

É oportuno informar que as fezes de pombos albergam um micróbio responsável por uma forma de meningite. Aqui, vamos tratar da forma da meningite mais grave – a meningocócica A contaminação ocorre quando o doente ou portador do N. meningitidis fala, espirra ou tosse, lançando no ambiente gotículas de saliva contendo aquele microorganismo.

A depender do sistema imunológico, quem aspirar as gotículas adoecerá ou não. Na maioria das vezes as pessoas se contaminam mas não apresentam a doença.

Aparece por surtos epidêmicos de vinte em vinte anos ou de trinta em trinta anos. Todo ano, porém, há casos registrados. Ocorrem, principalmente, na faixa etária de 0 a l5 anos mas todas as idades são susceptíveis.

Os lactentes e as crianças são mais vulneráveis e quase sessenta por cento dos casos surgem naquela faixa etária. Não se sabe o motivo de a doença ser mais prevalente no sexo masculino.

Há casos em que algumas horas após os primeiros sintomas, a doença se espalha em todos os órgãos, causando a septicemia, levando ao óbito.

O médico, suspeitando de meningite, deve imediatamente iniciar o tratamento sem esperar pelo resultado do exame laboratorial.

Numa situação de epidemia, pacientes com febre, cefaléia e rigidez de nuca devem logo ser internados.

As aglomerações populacionais, principalmente, os ambientes fechados, são propícios à disseminação.

Daí, no inverno, devido ao frio as pessoas trancam portas e janelas de suas residências, dificultando a aeração e facilitando o contágio. Entretanto, mesmo nos climas quentes, podem ocorrer casos entre camponeses. Outrora, antes do advento dos antibióticos, a meningite causava níveis de mortalidade alta.. Hoje, os pacientes, quando diagnosticados precocemente, têm sido curados sem deixar seqüelas.

Nos últimos anos tem sido desenvolvidas vacinas, representando mais uma arma no arsenal terapêutico. Constatado um surto epidêmico, as autoridades sanitárias devem mover recursos para vacinar as pessoas, dando prioridade às crianças, Por fim, informar que as pessoas que convivem com o enfermo devem usar antibióticos, receitados pelo médico, como medida preventiva.