Artigo

Dá até pra pegar uma praia…

Um cliente de Itabuna que precisava de atendimento através de um funcionário, já que o serviço não poderia ser feito através do caixa eletrônico, dirigiu-se a uma agência às 10h15min horas e retirou a senha para o atendimento. Ao conferir o número de pessoas que estavam à sua frente, tomou a decisão de resolver algumas pendências em Ilhéus. Pegou um ônibus, fez o que tinha programado, tomou o ônibus de volta e retornou à agência bancária.

Quando cruzou a porta giratória, eram 14h25min horas. Exatas 4 horas e 10 minutos depois. Antes que alguém chegue à conclusão que o tal cliente perdeu a vaga, vamos ao complemento da história: ainda havia mais seis pessoas na frente. O atendimento só ocorreu às 14: 55 horas.

Ou seja, caso tivesse permanecido na agência, como faz maioria dos clientes, o cidadão teria perdido quase cinco horas para ser atendido. O atendimento propriamente dito não durou nem cinco minutos.

A situação vivida pelo cliente-sofredor aconteceu na agência da Caixa Econômica Federal na praça Camacã, em Itabuna, e está longe de ser um fato isolado. Diariamente, centenas de clientes que necessitam que serviços não realizados nos caixas eletrônicos são submetidos a uma situação humilhante, espremidos num espaço exíguo para tanta gente. Nos dias de calor intenso, como nesse verão infernal, a situação beira o insuportável.

A CEF ainda consegue a proeza de que seus caixas eletrônicos são incapazes de funcionar todos ao mesmo tempo. Sempre tem um, ou vários, em “manutenção”. A agência da CEF, embora seja a campeã do tempo de espera, não é a única a tratar os clientes com desrespeito. Em outros bancos, a situação se repete em maior e menor escala.

O Banco do Brasil, piorou o atendimento depois que absorveu as contas dos servidores públicos estaduais, já que o número de clientes deu um salto monumental e o de funcionários aumentou a passos de tartaruga. Resultado: na agência do BB na praça Olinto Leone, em Itabuna, há filas imensas até nos caixas eletrônicos, especialmente nos dias de pagamento dos servidores. O péssimo atendimento contrasta com a altíssima lucratividade do sistema bancário.

Os clientes pagam inúmeras taxas e muitas vezes se cobram preços extorsivos pelos serviços. O mínimo que se deveria esperar como contrapartida era um tratamento digno. E, absolutamente, não dá para falar em dignidade quando alguém espera quase cinco horas pelo atendimento.

ATENÇÃO REDOBRADA

Um festival de acidentes marcou o feriadão de Natal e muito do que era festa, confraternização e alegria se transformou e dor e perda.

Nesta virada de 2009 para 2010, resta recomendar atenção redobrada e muito cuidado no trânsito, para que a gente possa celebrara vida em vez de lamentar a morte.