Artigo

Lutando porum mundo melhor

Algum de nós terá alguma dúvida de que vivemos em um mundo, aonde a natureza vem sendo modificada e destruída, à medida que os anos passam?

E que o chamado progresso e um falso desenvolvimento “condicionam e chegam mesmo a obrigar” o ser humano a decisões e opções que a descaracterizam e a ferem em suas mais profundas entranhas, anulando o equilíbrio ecológico de nosso planeta, que foi formado durante milhões de anos?

Sim, quantos rios, lagos, montanhas, planícies, florestas, etc., foram e hoje continuam sendo poluídos, ou simplesmente já deixaram de existir? Quantas belezas naturais já morreram e quantas espécies já desapareceram?

Já há alguns anos, sabemos que o que conta mesmo é a ganância e a ambição desmedida de homens inescrupulosos, que buscam, através do uso da natureza, explorá-la, de forma predatória e inescrupulosa, objetivando dela extrair tudo que possa contribuir para o seu rápido enriquecimento.

Estes homens não possuem nenhuma noção do que seja fidelidade às suas origens, nem a Terra, não importando se nosso planeta grita e geme de dor diante de seus olhos!

Vivemos cercados de homens que não mais são homens, e que de seres humanos guardam muito pouco, pois cometem indignidades, infâmias, agressões, violência e todas as mazelas possíveis e imaginárias contra a humanidade e a natureza, a tal ponto que quando eles passam por nós, não nos olham de frente, nos nossos olhos. Porque eles não sabem ver outra realidade, que não àquela do poder e do sucesso financeiro.

São homens que não sabem amar, e nem pelo menos querer bem! Que cultivam a inveja, a raiva e o ódio por seu semelhante! A indiferença e omissão quanto à natureza, à civilização e o nosso mundo! Tratam os outros e, até mesmo a sua família, como se tratassem de um negócio no escritório!

De forma fria, distante e impessoal, pois para eles sentimento, alma e coração não existem! Um “bom dia e uma boa noite “são desnecessários! Cortesia, educação, gentileza e compreensão são palavras, atitudes e comportamentos, que não estão incluídos nos seus dicionários de vida.

Eles são homens que, pela manhã, invariavelmente, preocupam-se mais em ler sobre economia, sobre violência e sobre guerra, pois com elas, terão ainda mais lucros! Não sabem nem se importam com quantas crianças e idosos morreram de fome na Ásia, na África e na América do Sul e Central! São homens que não se compadecem com a realidade miserável que é o cotidiano em tantos países assolados por guerras, doenças e fome, pois somente fazem discursos e criam comissões, mas que nada de objetivo, de concreto e de real fazem, para que as causas destes problemas sejam resolvidas ou eliminadas!

Sim, eles são Homens sem Deus, sem crenças e sem fé, homens sem amor! Homens que não sabem mais sonhar, e nunca foram crianças, homens sem família, pois os seus filhos não sabem que possuem pais!

Que mundo é este que criamos em que hoje vivemos?

Que mundo é este que deixaremos para as próximas gerações?

Um mundo, onde nas cidades vemos crianças, mulheres e idosos vagando pelas ruas, sendo exterminados pela fome ou pela violência, com a qual convivem, no dia a dia. E o que fazemos diante disso? Se aceitarmos passivamente, que o dinheiro que pagamos como impostos, seja desviado, usurpados e roubados, para enriquecer políticos, funcionários públicos, profissionais liberais, industriais e comerciantes desonestos e corruptos?

Que mundo é este onde tantos votam em gente desqualificada, em políticos corruptos, sem compromisso com os seus eleitores, e em falsos religiosos e sacropantas, que se intitulam pastores, sacerdotes etc., mas que carregam dólares até mesmo dentro de bíblias, e enriquecem às custas dos mais pobres, que alimentam a ilusão de entrarem e de irem para o “paraíso”?

Como aceitar conviver, em nosso meio, com gente que responde a processos em todos os níveis, sem que façamos uma limpeza ética, que implique numa real mudança, neste caos em que se tornou a vida em sociedade para cada um de nós?

Se, ao contrário, aceitamos que os nossos dirigentes, que deveriam defender, de forma harmônica e equilibrada, os interesses dos miseráveis e dos excluídos (bem como de todos nós), nada fazem?

Mas, alguém, ao ler este artigo poderia comentar: então não existe mais esperança?

De mudarmos esta realidade? Respondo que sim! Pois eu realmente acredito que sim! Se cada um de nós resolver finalmente, fazer a sua parte, não importando o tamanho nem a dimensão que ela tenha, pois só assim, poderemos alterar para melhor, o que hoje nos parece ser uma realidade irreversível. Afinal, se não existir alguma esperança, por que e para que vivermos?

E por que e para que viveremos?

Sim, o possível mudamos hoje! O impossível tentemos mudar amanhã! Texto de Roberto Romanelli Maia.