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Doenças Mentais

A característica das psicoses ou doenças mentais é que os pacientes perdem o juízo de realidade, não podem ser culpados pelos seus atos desde quando são incapazes de distinguir o certo do errado. Diferentemente, os neuróticos, não perdendo o seu juízo de realidade, sabem perfeitamente o que estão fazendo e praticando.

O deflagrar de uma psicose é algo que impressiona bastante o paciente: Uma separação conjugal, um desastre financeiro, a perda de um ente querido são exemplos de situações que ele tem dificuldade de lidar.

O doente mental pode ir desde o mutismo até à prolixidade. Sua conversa é sem nexo, raduzindo-lhe a confusão mental. Trataremos da esquizofrenia e do transtorno bipolar. Geralmente, a esquizofrenia surge na adolescência ou no início da idade adulta. Embora as alucinações e os delírios não ocorram só na esquizofrenia, são essas manifestações clínicas os achados mais freqüentes. O paciente relata ouvir vozes, alguém o acusa ou o constrange à pratica de um ato contrário às suas convicções.

Sente-se perseguido ou se imagina ser uma outra pessoa ou até um animal. Só o seu mundo o interessa. Alheia-se da realidade ambiente e cria sua própria realidade. Nos transtornos bipolares ocorrem os extremos. O paciente pode estar loquaz, excitado, eufórico, pensa em grandes projetos para si e para a comunidade. No outro extremo, é invadido pela melancolia, tristeza, seu apetite diminui, apresenta dificuldade em conciliar o sono. Algumas vezes os sinais de depressão não são bem evidentes tornando difícil o diagnóstico.

O doente mental deverá ser sempre acompanhado por uma pessoa ao consultório médico. Há sempre o risco de o paciente cometer homicídio ou suicídio, principalmente neste último caso quando ele está depressivo.

Daí, logo aos primeiros sinais, o enfermo deverá ser conduzido ao médico. Somente a partir da década de cinqüenta, a síntese das fenotiazinas butirofenonas e dos antidepressivos tricíclicos, o tratamento melhorou sensivelmente.

Nos casos graves, o paciente deverá ser hospitalizado. Numa pneumonia complicada, o doente é internado. Por que com o psicótico, que ameaça a sua vida e a de outrem, seria diferente?