Sobre férias e coisas assim

Janeiro, mês de férias para boa parte da população, em especial para os mais jovens. Sol, praia, festas, muitos hormônios a aflorarem, tudo isso, e mais uma inusitada beleza natural e cultural fazem do Brasil, e da Bahia em particular, um dos lugares mais perfeitos para se viajar e curtir.

Nossa incrível diversidade cultural, social e natural faz com que os mais diferentes roteiros, para os mais diversos gostos possam existir: cidades enormes, com tudo aquilo que as metrópoles podem oferecer; cidades pequenas, com aquele ar de coisa parada no tempo e um prazeroso gostinho de tradição; praias idílicas ou super movimentadas; festas para massa ou então shows onde poucos vão apreciar um tipo específico de música; uma gastronomia variada, que vai de comidas bem apimentadas e “fortes” aos pratos mais leves e naturais.
Tudo isso e mais uma população abençoada por uma forte dosagem de camaradagem, boa vizinhança, carinho e enorme disposição para o trabalho fazem do país um lugar ideal para quem quer se divertir.

Estive em Salvador, pela décima vez acho, novamente a cidade me cativou. No Pelourinho, pessoas de lá e de fora se divertiam, dançavam, flertavam, riam, caminhavam, compravam, comiam enfim: viviam. Como mestre em Cultura sempre me chamou a atenção essa disposição para confraternização e enlevo que nós baianos temos. Ainda como estudante de graduação, lembro-me de quando, em 1994, estive em Curitiba para um encontro de geógrafos e toda noite nós alunos e professores da Bahia transformávamos literalmente a rotina da capital paranaense. Bastava uma cervejinha, uma mesa, um violão, ou apenas palmas e vozes, para que tudo mudasse. Os curitibanos, alguns dos quais sisudos, entravam na farra e não entendiam como tanta alegria era possível.

Problemas claros que existem, mas olhar a vida com alegria e esperança sempre ajuda. Afinal, como nos diz São Paulo em sua carta aos Romanos: “a alegria confirmada, não desanima”. Bom verão e boas férias a todos.