Artigo

Esqueceram-se de Itabuna

Meu caro leitor amigo, é com imenso prazer que hoje escrevemos mais uma opinião a respeito das questões de nossa cidade, do nosso povo.

Agradecemos esse mérito à sua confiança de vermos o nosso veiculo de comunicação voando cada vez mais alto, tendo como finalidade oferecer-lhe uma informação democrática e segura.

Por exemplo, hoje vamos tentar rever algumas passagens pelas quais Itabuna chegou até aqui; Nos seus cem anos de desenvolvimento, um desenvolvimento que deveria ser mais, se não fosse à inércia de alguns gestores públicos.

Estamos à beira do primeiro centenário de nossa cidade, e ao longo desses cem anos, parece que ninguém pensou que essa data chegaria um dia, e o que estamos vendo é a falta de projetos para as realizações das grandes obras que até hoje não chegaram.

Vocês já pensaram após a chegada dos desbravadores no início do século passado, provenientes do estado de Sergipe, comandados por Manoel Constantino, Felix Severino do Amor Divino e Firmino Alves! Mais tarde, chegaram para completar o clã, os sírios libaneses, para disputarem a riqueza do cacau, quando o dinheiro era esbanjado em grandes bailes, festas, no Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador e no exterior, fosse aqui empregado?

Com certeza, hoje passando por Gileno Amado, que foi o maior representante político dessa terra; José de Almeida Alcântara, Felix Mendonça, José Oduque Teixeira, Ubaldo Dantas, Fernando Gomes, Geraldo Simões, só como exemplo, hoje não estaríamos lamentando a falta de um projeto para comemorarmos a tão importante data. Veio a vassoura de bruxa, que exterminou a nossa lavoura, mas Itabuna, guerreira, pujante em seu pequeno limite territorial, deu seu grito de guerra e deu a volta por cima na força de seu comércio!

Hoje, tudo isso, sobrou em um pequeno “Porquê!”. Será que só vamos ficar mesmos numa reurbanização da Avenida do Cinquetenário, numa obra embargada da Avenida Amélia Amada? Ou no descaso do nosso Rio Cachoeira, poluído exalando o seu mau cheiro em toda a cidade, pedindo socorro?

É para meditarmos; pois os ex-governadores e ex-prefeitos, vereadores, com certeza se esqueceram do centenário de Itabuna! E agora? Como vamos homenagear os nossos desbravadores, lideranças, grandes empresários do nosso passado?

A realidade, é que Itabuna vai perder mais uma página na sua tão sofrida história, que tem muito para contar e nada foi projetado. A história está sendo levado pelo vento. Que digam os nossos poetas em sua santa memória; José Bastos, Firmino Rocha, Plínio de Almeida, Valdelice Pinheiro, Ariston Caldas e outros, que imortalizaram suas poesias, não só aqui, mas lá fora, mostrando a força individualizada da nossa cultura Grapiúna que sonha em ser resgatada.

Ainda há tempo de comemorarmos esse centenário dentro da próxima década, porque do jeito que estar, só há demagogia, não vale…

A nossa história, o nosso povo, a gente grapiúna merece respeito. Esqueceram-se de nós.
Triste centenário!