Artigo

Quando Crescer o que Quero Mesmo é Ser Criança

Escutei essa frase ontem no show do Jorge Vercilo aqui em Itabuna, Vercilo é uma máquina cultural de simpatia e arte. Puríssima! Escutamos de tudo, de reggae a música de batida baiana com sonetos afros, isso sem ele abandonar seu estilo tradicional que é o MPB. Jorge entre uma música e outra complementava a arte musical com ideologias artísticas e sociais e nisso eu vibrava, já que nossos “profetas” morreram ou então agonizam no caos da baixaria pornográfica sul baiana, a loucura da análise me levou a uma hermenêutica surpreendente e prudente, observei que a cultura do Sul da Bahia que tem mais a ensinar e distribuir cultura precisa em dias de hoje que venha um jovem lá do Sudeste para nos relembrar de quem somos, pois estamos infectados com a “dança da bicicletinha” entre outras doenças mais incuráveis que mataram nosso samba reggae, assassinaram nosso genuíno axé, nosso teatro e insistem em corromper os músicos ideológicos que ainda restam na região.

Graças a Deus que a banda Eva não é daqui do Sul da Bahia, pois se fosse cavaríamos um buraco e jogaríamos dentro, pois foi assim que fizemos com o Luís Caldas. Os sonhos culturais de retorno aos bons tempos existem, mas pra que existem? Se o que importa mesmo é ganhar dinheiro, ralar alguma coisa no chão e descer com a mão no tapete.