Artigo

Vamos Meditar PEDRO

Rapaz novo, 27 anos, simpático, um “bob esponja”. Emprego lhe faz mal e trabalho lhe enfarta. Nascido e criado na cidade de Terra do Fundo – com esse nome já deu para imaginar a periferia da cidade.

Percebeu que o filme é do tipo “Sou o Cara”! Tipo físico esquelético; usa calça menor que a cueca, diz que é moda; casado, tipo amigado, com Dona. Sandrinha, assim chamada carinhosamente por todos da comunidade.

Dona Sandrinha tem 25 anos, gordinha, toda roboculosa, cheia de molejo e muito alegre não fica atrás de Pedro. Gosta é de forró e ama um pagode com arrocha. Pedro morre de ciúmes, e ela não rejeita barraco. A mãe de Pedro cansada pediu a Deus que olhasse para o seu filho Pedro e sua mulher, Sandrinha. Olha, o pedido deu certo. Deus ouviu.

Um amigo do amigo precisava de alguém de confiança para trabalhar. Quem apareceu? Dona Sandrinha. De cara recebeu um bip e um celular; a casa um luxo, só fartura. Orgulhosa com trabalho. Amava a família do Doutor Ministro, o seu patrão.

Bem eficiente pediu a seu patrão para deixar o seu marido passar as festas com ela. Ele concordou e já abendo da fama de Pedro, disse: ele vem, mas vai cuidar do terreno ao lado e do jardim. Tudo bem e obrigada, respondeu Sandrinha. Nesse intervalo o Pedro se converte e o reverendo de Pedro alertou lhe que a partir de daquele dia era para que ele vigiasse, pois o Diabo iria lhe perseguir. Mas, para seu alívio chegou o convite da esposa. Ele logo aceitou. Entretanto, a frase do reverendo não saiu de sua mente.

A Sandrinha feliz da vida preparou um jantar. Carne do sol acebolada com farofa de manteiga e aipim. Tão cheirosa atraiu o gato da vizinhança, cria da casa. Jantar na mesa do jardim. Pedro ouviu um barulho e olhou para o muro era o gato preto olhando para a janta. Pedro assustado gritou socorro e correu a perder a voz.

O gato subiu a mesa do jantar e comeu tudo. O sistema de alarme da casa não acusa ou mostrava nada. Pedro sem voz usava o dedo para mostrar o que acontecia. Quando todos lá chegaram nada viram. O Doutor perguntou a Pedro o que havia ocorrido. Ele logo respondeu que era ‘o tinhoso’ o qual o reverendo falara. O Doutor aos risos disse lhe que era apenas um gatinho criado por todos da vizinhança e que estava com fome. Todos continuaram a rir. “Há papel sem proveito e trabalho sem jeito”, disse o Doutor.