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Câncer

É comum ouvir-se a pergunta: Já se descobriu o remédio para o câncer? Interpretando-se o tratamento daquela doença como se fosse o de uma bronquite ou de uma pneumonia. O câncer, sendo uma enfermidade complexa, exige um tratamento complexo.

Todos os nossos órgãos são formados por células especializadas que se agrupam, formando os tecidos. Assim, a célula dos rins é diferente da célula do fígado. Cada célula desempenha funções inerentes ao órgão ao qual pertence. Entretanto, certo dia, aparece no fígado de uma pessoa uma célula diferente e que se multiplica sem parar. Isso vai levar ao mal funcionamento do órgão e, em conseqüência, sua morte. Além disso, o tecido canceroso tem a capacidade de se disseminar, indo se instalar e se multiplicar em outras partes do corpo. Quando o tumor é benign é circunscrito; se há disseminação, é maligno.

As causas do câncer são várias: a incidência dos raios ultravioletas, daí a recomendação de não tomar banho de sol no período entre as 10h e às 16h: as anilinas: os traumatismos, o fumo, as radiações etc. O tratamento são, principalmente, a cirurgia, a radioterapia e a quimioterapia. Quando a doença está localizada, ainda não ocorreu a disseminação, a metástase, diz-se que o câncer está “in situ”. Nesta fase a cura é total. O objetivo da quimioterapia seria eliminar a última célula cancerosa, pois basta a presença de uma célula para desencadear o retorno da enfermidade.

Os oncologistas – médicos especializados no tratamento das doenças malignas – ao iniciar o tratamento verificam o grau de estágio. Assim, um doente em estágio três estaria com a doença mais avançada do que em estágio dois. O estadiamento é importante para estabelecer a conduta no tratamento e este segue um protocolo.

Um doente, por exemplo, com câncer de rim seria tratado da mesma maneira em qualquer parte do mundo. Certos cânceres incuráveis há trinta anos, hoje são perfeitamente curáveis se ainda eles estiverem num estágio não muito avançado. Em certas leucemias faz-se o transplante de medula, outra técnica de tratamento em que o receptor recebe a medula do doador, observando-se a compatibilidade.

Na mulher, a maior incidência relaciona-se ao câncer de mama e no homem ao de próstata. Nas últimas décadas, com o surgimento de mulheres fumantes, ocâncer de pulmão tem aparecido muito entre elas.