Artigo

“A IMO CORDE”

Desde que recebi o primeiro exemplar desta folha, confesso do fundo do coração ter surgido desejo de tornar-me um dos seus colaboradores para, através das minhas manjadas maltraçadas, aqui também conversar com meus queridos quasenenhum leitores, alinhando-me a articulistas exponenciais como o mestre José Carlos Oliveira, Roberto Santana, Eliene Higino, Linho Costa, Eurípedes Cunha, Charles Henry (o mais autêntico colunista social de toda Região) além de muitos outros, sobretudo o próprio Vercil Rodrigues. Pela primeira vez na vida tomei a iniciativa de oferecer- me… logo acolhido por essa figura impar que é o amigo Vercil, a quem já admirava.

O indicativo da coluna mostra o sentido das reminiscências que pretendo trazer, focadas em episódios interessantes durante os anos em que exerci o múnus de Juiz de Paz da Comarca, naturalmente com nomes e fatos protegidos pelo anonimato, pois não existe de minha parte “animus injuriandi” ou “animus laedendi” e muito menos “animus jocandi”.

Para principio de conversa, lembro que em dezembro de 1975 fui informado ter sido nomeado para exercer o cargo de Juiz de Paz da Comarca Sede-Itabuna, pelo Governador Dr. Roberto Santos através de Ato publicado no Diário Oficial assinado pelo Secretário de Justiça Dr. João Carlos Tourinho Dantas, por indicação dos saudosos amigos Deputado Paulo Nunes e Calixto Midlej Filho, além de todos os membros da corrente vitoriosa nas ultimas eleições. Sempre digo que até as pedras sob o asfalto da inquentenário sabem nunca pertenci a partido político, embora jamais deixando de apoiar candidatos merecedores da minha confiança e respeito. Imbuído da convicção para exercer o múnus público exclusivamente em benefício de minha terra aceitei.

Fui empossado pelo querido amigo Juiz Dr. Lourival Ferreira, num ato que embora de caráter rotineiro, levou ao Fórum uma pequena multidão de amigos lotando o Cartório de Honorino Cabral, entre os quais Otoni Silva, Antonio José da Costa Filho, Avacy Lima, Altamiro Santos, Ailton Messias, Paulo Nunes Filho, Fernando Vello, José Haroldo Vieira, Gerson Souza, Mário Cezar Anunciação, José Oduque, Alcides Bezerra, Calixto Midlej Filho, etc.

Certamente que os “causos” começarão ser contados a partir da próxima coluna. Hoje peço permissão para um registro dos mais importantes de minha vida. No próximo mês, estará colando grau em Direito minha primeira neta Lorena, inclusive já aprovada no recente Exame da OAB. Trata-se da cristalização de um velho sonho, guardado por decênios no âmago do coração deste macróbio escrevente. Na mocidade, cheguei aos umbrais da Faculdade de Direito em São Paulo, porém fortes razões familiares desviaram-me do rumo. Como optei pelo Jornalismo, de certa forma sinto-me compensado.
E agora, então… realizado através de minha neta.