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Doença de Parkinson

Com o envelhecimento das populações, doenças degenerativas tais como doença de Parkinson, doença de Alzheimer etc. têm aparecido com maior freqüência. Desde as observações de James Parkinson, a enfermidade tem atraído a atenção dos médicos. É incurável e progressiva, isto é: a medida que o tempo passa, a enfermidade vai progredindo, deteriorando o estado físico do paciente. Geralmente ocorre entre os 50 anos e 65 anos, mas há relatos de casos em idade inferior àquelas.

A princípio, aparecem dificuldades para certas atividades tais como vestir uma roupa, escovar os dentes, evoluindo para incapacitação se não for tratada. É oportuno informar que nem todo parkinsonismo é caracterísitico da Doença de Parkinson. Outras condições tais como drogas antipsicóticas, doenças encefálicas igualmente apresentam parkinsonismo.

Para se fazer o diagnóstico são necessários os principais achados neurológicos:
1- falta de expressão facial, diminuindo o piscar dos olhos, surgindo queda das pálpebras quando o músculo frontal é percutido.
2-Tremores dos membros superiores ou inferiores agravados pela suspensão deles e eliminados durante o sono.
3-Rigidez muscular que chama a atenção quando são acometidos os músculos da face, dando uma característica de impassividade.
4-Acinesia quando há uma tendência à lentidão dos movimentos. O parkinsoniano movimenta-se com extrema lentidão, moveseem câmera lenta. Evidencia-se isso quando ele escreve ou procura se alimentar. Algumas vezes, num estágio mais avançado, torna-se necessário alimentá-lo.
5- As anormalidades posturais são mais evidentes nas posições ereta e sentada. A deformidade cifótica, quando o paciente tende a inclinar-se é comum. As deformidades também podem ocorrer nas mãos e nos pés. Como alguns filhos podem herdar a enfermidade dos pais parkinsonianos, conclui-se que é uma doença genética. Há uma degeneração da substância negra, traduzindo-se na diminuição da dopamina. O tratamento, visando controlar os sintomas e retardar a progressão, é restabelecer o aporte daquela substância. Ultimamente, tem-se tentado a neurocirurgia objetivando diminuir a ingestão de medicamentos antiparkinsonianos e controlar a doença.