Artigo

O PRESENTE GUARDADO

O vinho ainda está à espera Transpirando o suor frio de abandono, O presente de Natal que não te dei A caixa guardada permanece Um pouco amarelada, talvez De um tempo paciente ainda em espera.

O beijo que não te dei O abraço que não solicitei As palavras que não citei Isso tudo e ainda mais quis te dar. O tempo passado Não recuperado, Amor desperdiçado!

Na Prudência Em busca de uma saída de emergência Esqueço das feridas que às vezes teimam em sangrar! O vento forte levou a folhagem que camuflava A uva verde, imaturada Do vinho que tornou-se ácido.

Como a natureza, vou me renovando. Encho-me de esperança, a minha parceira diária No imo e no meu olhar Apenas vejo, Que de ti só queria talvez, Ouvir: te amo.