Artigo

Mulher: Da submissão ao empoderamento

De julho a outubro de 2011 estará se discutindo em conferências municipais, estaduais e conferência nacional políticas públicas para a melhoria das condições de vida das mulheres no Brasil, a partir das diretrizes do II Plano Nacional de políticas para as mulheres (II PNH).

Dentre algumas diretrizes a serem discutidas pode-se apontar: a questão da autonomia econômica e a participação das mulheres nos espaços de poder e decisão, discussões de fundamental importância para o momento que antecede as eleições municipais. Vimos um novo quadro político se delineando no Brasil com a crescente ocupação das mulheres nos cargos públicos e, nos quadros de gerenciamento das empresas privadas. Essa garantia e abertura das mulheres nos espaços de poder e decisão é a consagração do Direito à diferença, quando se impõe uma igualdade de direitos entre o homem e a mulher. O sexo deixa de ser sinônimo de inferioridade e as mulheres passam a ter acesso a todas as instâncias, antes, reservadas aos homens.

Com essa consagração as mulheres passam a ser vistas como “agentes de mudanças e promotoras dinâmicas de transformação social” Amartya Zen. A mulher alcança sua independência econômica e emocional, ampliando o campo de ganhos sociais para si e para sua família. Nessa proporção mudanças tem acontecido e essas alterações têm ampliado o quadro de mulheres concorrendo aos cargos políticos e ascendendo no alto escalão das grandes empresas.

Um grande sinal dessas mudanças vem se delineando na nossa cidade, a partir da ampliação de mulheres com pretensões a concorrerem ao próximo pleito para os cargos de prefeita e vereadoras. É interessante que novas frentes políticas se formem, sendo bastante significativa a participação feminina visto que a mulher trás uma renovação as práticas políticas.

Estudos apontam que a mulher tem uma capacidade de fazer parcerias, serem cooperativas e priorizar relacionamentos, sendo um somatório importantíssimo à assertividade e objetividade masculina, visto que há uma tendência moderna de uma gestão mais cooperativa e participativa, inclusive na gestão pública.

Para tanto é necessário que os partidos criem mais campos de participação para as mulheres, bem como haja uma reformulação da lei de cotas eleitorais, transformando a participação da mulher nas esferas de poder e decisão em paritária. As mulheres precisam ser lembradas como peça fundamental do quebra-cabeça político e social e não, apenas, como uma peça para garantir uma exigência legal. A sociedade não pode permitir o que disse Simone Beauvoir: “Que se Liberta economicamente do homem nem por isso alcança uma situação moral, social e psicológica idêntica a do homem”. Mas, acreditarmos no que disse a Presidenta Dilma: “Pais de todo o Brasil digam a suas filhas que elas podem”…