Artigo

A Ira

Erigida ao nefasto status de quarto vício capital, No macabro naipe das infelicitantes forças negativas, A Ira bloqueia a coerente manifestação racional. Animaliza a reação, enrijece o coração, é sânie que escraviza.

A raiva que o tolo expande, pensando com ela suscitar danos, Exibindo-a com intolerância, sede de vingança e mau humor, Mal só faz ao seu autor. Com seu rude torpor desumano, Obsta-lhe a exultação, violenta-lhe a emoção, enche-o de rancor.
Anseio mental e impulsivo de conflito com o mundo exterior, A ira oblitera a racionalidade e dos atos a perfeita noção. Com seu incontido senso agressor aniquila o edificante amor. Quando forte em ódio se converte e logo embota a razão.

Contrapondo-se à paz e à concórdia, a ira só promove maldade. Objetando a prudência, conduz a insensata precipitação. Diga sim a virtudes como sensatez, afeição e bondade, Quanto à ira e demais vícios que aviltam a humanidade, diga não.