Artigo

O pântano

A bicharada do pântano,
De medo entraram em pânico.
Veio um vendaval satânico,
Os trovões furaram tímpanos,
Os clarões foram tão límpidos,
Vindos dos fortes relâmpagos…
Foram fortes estampidos,
Os bichanos encolhidos,
Uns perderam seus sentidos,
Alguns ficaram tépidos.
Apagaram-se pirilampos,
Homens com seus berrantes,
Chamavam cabeças distantes…
Sapos já não coaxavam,
Peixes paralisados,
Não pulavam cangurus,
Pobres dos urubus!
As serpentes em seu canto,
Pantanal subia tanto,
Parecia ser o fim…
Noutro dia, ensolarado,
Ao normal tudo voltado,
Acredita? Diz para mim.