Artigo

Dia dos filhos e filhas

A restauração e reerguimento da humanidade começou no lar.A obra dos pais é a base de toda obra. A sociedade compõe-se de famílias, e é oque a façam os chefes de família. “Do coração procedem as saídas da vida”; e o coração da comunidade, da igreja, da nação é o lar. O lar palavra que significa lareira (=aconchego,lugar que aquece). A felicidade da sociedade, o sucesso da igreja e a prosperidade da nação depende das influências domésticas.

Neste mês conhecido como o mês da família, com umdia especial o segundo domingo de maio. Dia das mães, mas porque não também o dia dos filhos? O lar é um lugar de refúgio para os nossos filhos. É o lugar em que os maridos têm que se sentir bem, sentir paz quando chegam cansados do trabalho. O lar precisa ser o lugar onde toda a família gosta de ficar. É aonde os filhos necessitam encontrar abrigo quando chegam exaustos, stressados pelas cobranças da vida: estudo, ENEM, vestibular, concursos públicos, horários. Nossos jovens trazem para dentro de casa conflitos por causa de competitividade e concorrência a que são submetidos lá fora. Eles tem sido alvos de grandes cobranças a nível de competência nos estudos, nos esportes, nas informações, nas atualidades. Toda essa opressão gera grande angústia e stress. Quando chegam em casa não encontram ali alguém para equilibrar as suas emoções, para animá-lo a prosseguir. Não há ninguém para dividir a carga. Não há alguém capaz de ouvir a sua dor e expectativa que muitas vezes cultivam muitas vezes de não serem capazes, de que não vão conseguir cumprir o que seespera deles. Competência e concorrência. São os grandes opressores sobre os nossos filhos e necessitamos nos posicionarde tal forma dentro dos lares que eles encontrarão reposição de forças físicas e espirituais, restauração da confiança, fortalecimento da fé no Deus que nunca nos deixa sozinhos.

Nosso lar não pode estar revirado. É preciso haver paz, tranquilidade, organização e principalmente segurança espiritual e emocional. Nosso lar precisa ser um refúgio para os nossos filhos. Muitos não amam os seus lares, não gostam de ficar em casa. Preferem ficar fora, na casa de amigos, nos shoppings e até preferem ficar na escola porque foram levados para lá desde muito cedo. Por que?

Porque estamos sofrendo uma carga de opressão que se reflete sobre nós mulheres. Trabalhamos fora, trazemos o sustento para os nossos lares, realizar-se profissionalmente, cursar esse ou outro curso, ter seu corpo esculpido por silicone e musculatura impecável. Muitas mulheres hoje passam o dia todo fora de casa trabalhando, estudando e sua casa se transforma apenas em um lugar de passagem, um lugar sem aconchego, sem relacionamentos. Os lares estão vazios e frios, não há diálogo nem compreensão. As mães escolhem ser profissionais e não mães. Algumas por necessidades e outras por opção. Sabe que dia é hoje? Hoje é dia dos filhos! É o dia de todos nós, filhose filhas reconhecemos que fomos gerados, que não fomos sempre independentes, que não andávamos com as próprias pernas desde muito cedo, aliás, quantas quedas até a conquista de um relativo equilíbrio sobre dois pés! Hoje é o dia de reconhecer homens dependentes para nos alimentar, para nos banhar e para nos proteger do perigo. Dia de lembrar antigas canções que embalavam nosso sono. O que lembro bastante e com muito carinho da minha irmã Jésia como a irmã mais velha da prole de nove filhos, ajudava bastante a minhamamãe Elvência, colocava-nos nocolo e cantava e cantava até amanhecer, recordação tão saudável e grata querida irmã.

“Dia de relembrar da segurança do peito de onde vinha nutrição e aconchego. Hoje é dia de gratidão por nove meses demoradia compulsória, por dores de parto, por preocupações sem fim, por sintomas que não entendíamos, mas que a mãe decifrava. É dia de nos acharmos novamente pequenos e necessitados de cuidados. É dia de olhar para onde tudo começou: no ventre de nossa mãe. Por isso, hoje, com a idade que cada um de nósfilhos e filhas temos, é dia de reconciliação se houve ruptura no relacionamento; é dia de expressão de afeto, é dia de celebração, de almoço juntos, de telefonema, de nostalgia pela ausência que deixou boas lembranças, de alegria pelo dia que se poderá novamente abraçá-la. É dia de, ainda que não haja razão alguma para se alegrar, nem história para contar, agradecer ao ventre que gerou possibilidade de existir, até mesmo para os que não tiveram a experiência de se sentirem filhos. É dia de louvar a Deus por ter-nos feito filhos da mulher que nos confiou. Hoje é dia dos filhos dizerem “mãe”, como expressão de amor e gratidão àquelas que nos geraram, sejam alguém que nos quis muito, como tantas mães que não planejaram nosso nascimento mas uma coisa é certa: Deus o planejou e quis. Hoje, é o dia de ver a história de cada mãe estrategista, sensível, sábia, reconhecendo que seus filhos carecem de apoio uns com os outros.” (Wanderley de Mattos Júnior-adaptado) Esteja onde estiver, seja quem for, agradeça a Deus por sua mãe.

A mãe que obedece ao Altíssimo tem forte amparo e isso é um refúgio para seus filhos.