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Inovação e Criatividade Como Fatores Motivacionais

Muita gente acha que a motivação está ligada diretamente a maior ou menor remuneração, um erro comum da avaliação imediatista de algumas pessoas que preferem afirmar sem ter que explicar. Seria como dizer que a criatividade é uma ciência usada exclusivamente pelas agências de propaganda quando, na verdade, criatividade é uma ferramenta para resolver problemas. Para ilustrar o que estamos afirmando, citamos uma frase do texto de Sylvia Vergara, doutora em Educação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e mestra em Administração pela Fundação Getúlio Vargas.

Segundo Vergara, “Inovação e criatividade são essenciais para o contínuo desenvolvimento e competitividade de uma nação”. Isso me faz lembrar porque países como Estados Unidos da América, Japão, Coreia do Sul e alguns países europeus são os maiores cobradores de royalties do mundo. Por que será? Simples: são os países que mais investem em pesquisas e pesquisa nada mais é do que uma gigantesca ferramenta de criatividade e inovação. Já parou para pensar que quase todos os aparelhos eletrônicos usados por aqui são genuínos desses países? Desde a revolução industrial que o poder de criatividade e inovação desses países fez com que os chamados países em desenvolvimento se transformassem em fornecedores de matéria-prima, ou seja, vendemos o produto-base, eles manufaturam e cobram os direitos intelectuais pela criação (royalties).

No nosso ambiente, que é o das microempresas, a criatividade fica a cargo das promoções, modos exemplares de atendimento pelo encantamento do cliente e da prestação de serviços, pois quase sempre não criamos produto, criamos serviços diferenciados e usamos a criatividade para uma gestão cada vez mais eficaz para diminuir custos e crescer a rentabilidade. Para isso, o atendimento passa a ser um divisor de águas, como já afirmamos algumas vezes: “Com a equiparação da qualidade por alguns produtos, o diferencial passa a ser o atendimento”.

Para agir com criatividade no atendimento você pode seguir uma doutrina já estabelecida. Mas, cuidado, pois se estiver obsoleta você pode desenvolver um fenômeno que chamamos de incompetência treinada. O melhor é criar um clima de desafios para os seus colaboradores, com tarefas fáceis e difíceis para serem cumpridas. O importante é exercitar. Mauro Sales, ícone histórico da publicidade, uma vez disse: “Antes de acionar a imaginação, use a memória”. Esse é o ponto-chave para um ambiente de criatividade e inovação: as pessoas têm que saber usar o cérebro e a maioria delas não gosta. Geralmente acha que não tem capacidade de criação. E o que é mais assustador, mesmo no ambiente acadêmico, os alunos resistem ao fato de usar a criatividade. A “decoreba” ainda é a forma mais utilizada.

Como consultor, não nos cabe criticar sem dar ao menos três sugestões. 1 – Desenvolva a inteligência emocional, capacidade de superar as tristezas; 2 – Use a originalidade como exercício; a internet é apenas um canal que te “linka” com as novidades, deve ser usada como parâmetro de qualidade do seu trabalho; é o fim do Ctrl+C/Ctrl+V; 3 – Propósito é o combustível interno do foco. Use o propósito para ter + motivação, + resistência de longos prazos. Mude seus hábitos que eles mudarão você.