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Alimentos orgânicos: saúde e vitalidade!

Há muita razão naquele velho ditado: “nós somos aquilo que comemos”. Não é de hoje que sabemos que um organismo bem alimentado é um organismo sadio e bem protegido. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 70% das idas ao médico poderiam ser evitadas com um estilo de vida saudável e uma alimentação equilibrada. Frutas, verduras, legumes e hortaliças compõem parte da lista de alimentos que nos fazem bem. O problema é que grande número destes alimentos estão contaminados por agrotóxicos, que, claro, prejudicam nossa saúde.

Modernamente misturamos coisas terríveis: má alimentação, sedentarismos, stress e fast food! E entre outras razões, temos convivido, cada vez mais precocemente, com problemas como diabetes, colesterol alto, hipertensão arterial, enfartes, etc. Na nossa sociedade o aumento de doenças de evolução prolongada, também é o resultado de péssimos hábitos alimentares conservados ao longo de anos. O consumo de alimentos com aditivos químicos (pesticidas, herbicidas, fungicidas, hormônios de crescimento, antibióticos e outros) é uma causa, entre tantas, que resulta na debilidade da nossa saúde. Consumindo alimentos orgânicos, damos início ou intensificamos uma mudança positiva para uma vida mais saudável, cheia de energia e vitalidade.

Os produtores de alimentos orgânicos preocupam-se em preservar o local onde os mesmos são cultivados: as nascentes de água são protegidas, as áreas desmatadas são reflorestadas, os animais e vegetação nativos são preservados e não se faz uso de queimadas. Tudo isso e ainda o fato de que os alimentos orgânicos são muito nutritivos e saborosos, tem interessado um número cada vez maior de pessoas a buscarem essa alimentação especial. As estatísticas apontam para o seguinte: há quatro anos a produção agrícola brasileira de orgânicos era praticamente insignificante. Hoje esses alimentos já respondem por mais de 2% de toda produção nacional. E, ainda de acordo com o International Trade Center, no Brasil o mercado está se expandindo ao ritmo de 40% ao ano.

Usar aditivos tóxicos para elevar a produção das lavouras não é novidade. Conta-se que, no ano 2000 a.C., os chineses usavam arsênico e enxofre para matar as pragas na lavoura. O que muda hoje em dia, com o uso dos agrotóxicos industriais, intensificados a partir da Segunda Guerra Mundial, é a forma descontrolada e/ou abusiva desses produtos, que pode causar efeitos crônicos, no longo prazo, como determinados tipos de câncer, diminuição da fertilidade e até a má formação de fetos (esses efeitos foram observados em pessoas expostas a agrotóxicos, em sua maioria agricultores), conforme indicam as pesquisas da Drª Jocelem Salgado, professora titular em Nutrição da USP/Campus de Piracicaba, São Paulo. Na agricultura orgânica, no lugar dos fertilizantes artificiais os produtores usam, por exemplo, estrume esterilizado, humus de minhoca, adubo composto, entre outros. Para combater as pragas, os agricultores usam também o controle biológico, ou melhor, utilizam insetos predadores, microorganismos e plantas que combatem pulgões, lagartas e moscas.

Aqui na nossa região, a Caçarema, Cooperativa dos produtores orgânicos de Ilhéus, tem feito um belíssimo trabalho. Um bom exemplo é a Fazenda Boa Vista do Dr. Fábio Campos, certificada pelo Instituto Biodinâmico (Ibd) que realiza auditorias constantes na propriedade. Com o apoio técnico especializado de Luciano Lima, a Boa Vista produz e entrega de porta em porta, há um preço justo, desfazendo aquela mentira de que os orgânicos são mais caros, uma grande variedade daqueles alimentos.