Artigo

Angina do peito

A angina pectoris é a oxigenação inadequada do coração e causada pelo esforço ou a emoção, traduzindo-se em dor e aliviada pelo repouso ou o uso sublingual de nitritos. A principal manifestação é a dor no peito que pode se estender pelo braço direito simulando um enfarte do miocárdio. O paciente sente uma opressão sobre o peito, fica ansioso, com a sensação de morte iminente e aos poucos a dor vai amainando até desaparecer. Algumas vezes há eructações que aliviam a dor. Com o tempo, o paciente vai se habituando à angina, evitando fazer esforços, como subir uma ladeira, andar rápido.

Geralmente, a dor não é tão intensa quanto à dor do enfarte agudo do miocárdio. Algumas vezes ela é acompanhada de respiração difícil, dispneica, sensação que torna o paciente ainda mais ansioso. Nem sempre ele se refere à angina como uma dor, mas como uma sensação de desconforto no peito enquanto passa a mão sobre ele, procurando descrever a patologia ao médico.

A atividade física é o principal fator desencadeante da angina. Subir uma ladeira, uma colina, carregar peso, subir alguns lances de escada, uma refeição pesada, o tempo frio são fatores precipitantes da patologia. Igualmente, uma forte emoção precipita um ataque de angina ou até de um enfarte do miocárdio. Uma discussão, qualquer situação produtora de emoção, a atividade sexual levam, não raras vezes, a um ataque da angina. É conveniente informar que enquanto a dor da angina leva alguns minutos, a do enfarte agudo do miocárdio, além de ser mais intensa, dura algumas horas. Pode, porém, ocorrer angina tendo as artérias coronárias normais, sem nenhuma obstrução. Cinco a dez por cento dos pacientes estão nesta categoria.

O diagnóstico é estabelecido pela história clínica, entretanto, o médico pode solicitar exames. Um deles é o eletrocardiograma, mas como já foi dito, a anamnese é o principal mecanismo no diagnóstico da patologia.

Há outras doenças que podem ser confundidas com a angina, contudo exames complementares dirimirão qualquer dúvida.