Artigo

O Chamado

Falei contigo ao telefone
um nó na garganta me rasgou a alma
saudade é pouco para definir tudo aquilo doído que senti.
Ao ouvir a voz do teu coração tão distante de mim,
do outro lado da linha, vi nas entrelinhas…
um amor imenso, desperdiçado
outrora com sabor de amora, e que agora vigora,
com o sabor amargo da indiferença ,
essa estranha e desumana sensação ,
que apunhala o coração .
É punição com arremate de exclusão!
Ao ouvir a tua voz, foi como escutar a melodia
daquela caixinha de música,
que um dia tocou e o meu coração gravou,
então, o refrão tocou: saudade, saudade, saudade.
Há dias em que a saudade quase mata,
há dias em que a gente se entrega à ela, e bebe dela,
pois ela também sabe ser bela.
A saudade tem gosto de amor!
Quisera eu entender o porquê!
mas não existe um!
Existe sim um querer.
Aquele querer em romper
todas as fronteiras, que parecem ser intransponíveis.
Romper todas as barreiras, desarmar armadilhas
que o orgulho traiçoeiro preparou e temperou
com as suas trapaças maldosas
com o sabor de mal entendidos,
estendidos por um longo período,
e este, já perdido em teu coração, que eu ainda guardo,
mesmo ocupado.
Mas que não posso tocá-lo, e nem mesmo consigo libertar-
me .
Perdi a chave !