Jorge Amado

Jorge Amado – Quem o leu é indiferente ao escritor. Isso é um fator sobre ele. Jorge é o escritor brasileiro mais lido depois de Paulo Coelho; e também o mais traduzido, fora do nosso país. Suas obras foram traduzidas fora do nosso país. As razões dessa popularidade se deve a grande força das ideias comunistas na obra do autor.

A filosofia da luta entre classes esta arraigada e mistura vida e obra. Sua obra foi traduzida para idiomas dos países socialistas e fazia parte de uma literatura que ajudava na aderência dessas ideias na mentalidade do povo; o que facilitou sua mobilidade sob o ponto de vista da literatura mundial; porque era necessária a consolidação do pensamento comunista e o momento histórico e as aspirações do escritor convergiram.

Neste ano o livro Bahia de Todos os Santos completa setenta anos de publicação.

É um livro complexo, plural e denso, Jorge Amado fala do casario, pessoas importantes e anônimas. Fala de forma desarrumada e de quase todas as caraterísticas desse livro são únicas, bastante diferentes das mais de trinta publicações do baiano.

O livro é em grande parte uma autobiografia, pois fala muito dele e dos sentimentos em relação a Salvador. É uma espécie de guia de Salvador.

Nesta obra: Bahia de Todos os Santos ele dá um significado de baiano que quer dizer quem nasce na Bahia, (…) mas também significa um estado de espírito, esta concepção de vida, quase uma filosofia, forma de humanismo.

Foi um apaixonado pelas belezas de Salvador, mas fala nesta obra das misérias e dores do povo. Jorge Amado é um homem do seu tempo, não vence as limitações culturais de seu manuscrito histórico e não escapa da lógica racionalista imposta por uma filosofia comunista. É impossível imaginar como seria a nossa literatura sem Jorge Amado.