Artigo

Inovação e Criatividade Como Fatores Motivacionais – Síntese III.

Nesse mês de setembro de 2015 lembraremos os artigos de dezembro de 2013 e de janeiro de 2014. Em dezembro de 2013 lembrávamos que, quando realizamos um trabalho, temos a necessidade de um reconhecimento, uma maneira de nos sentirmos importantes no contexto geral da empresa. Quando isso não acontece, criamos mecanismos de defesa e, naquele artigo, destacamos os sociológicos, químicos e tecnológicos. Mecanismos de defesa sociológicos: dizem respeito ao estar em sociedade; se nos sentimos deprimidos, podemos ir ao shopping center e comprar roupas; consumismo exacerbado é, pois, um mecanismo de defesa psicológico. Mecanismos de defesa químicos: são concernentes aos consumos de fumo, drogas e álcool. Mecanismos de defesa tecnológicos: são aqueles que se valem da tecnologia; por exemplo: pessoas que não conseguem sair da frente de um computador. Os mecanismos de defesa não são deliberados, são quase sempre inconscientes.

Quando intencionais, fazem parte de outra esfera conceitual. O importante é saber que os comportamentos das pessoas fazem parte de diferentes motivações. O que motiva uma pessoa pode não motivar a outra, e mais: o que nos motiva em determinado momento, pode não motivar em outros. No artigo de janeiro de 2014 destacamos os sentimentos mais abstratos que nos conduzem a realizar coisas que jamais poderíamos imaginar que faríamos. Destacamos as energias biológicas, psicológicas e espirituais, que são estímulos internos com que somos providos ao nascer e ao crescer.

Ambientes valorados por esses sentimentos são importantes no contexto motivacional. Pessoas que pregam o amor sempre se sentirão motivadas, não por serem consideradas bobas, mas por terem coração puro e livre dos males da mente, até mesmo de bens materiais.

Biológica: manifesta-se pelo desejo de alimento, água, sexo, de se movimentar, ou seja, aquilo que Maslow denomina como necessidades fisiológicas.

Psicológica: manifesta-se através dos sentimentos mais abstratos ou passionais como ciúme, esperança, inveja, orgulho, sentimento de culpa, remorso, desejo de justiça, vaidade, generosidade, senso moral… Algumas dessas forças – como a inveja, por exemplo – destroem a nós mesmos. Há também um comportamento social instável, não importa se for num ambiente corporativo, familiar ou político.

Enfim, qualquer que seja o ambiente em que estejamos inseridos, há uma inconsistência, uma ausência de propósitos, uma fragilidade no caráter das pessoas, tomados por um senso de urgência do imediatismo com a desculpa da sobrevivência. Isso leva a um descontrole do organismo social e acabamos fazendo acordos ímprobos Espiritual: como o amor universal ou amor ágape que Jesus citou em um dos seus sermões, a compaixão, por assim dizer, o que muitos também chamam de intuição. Muitas de nossas forças energéticas vêm da nossa célula familiar, por isso muitos de nossos comportamentos na empresa têm origem em nossas famílias.

Sobre isso, Laurent La Pierre conceitua a hereditariedade biológica: “Ela tem uma influência e deve ser reconhecida em seu justo valor; do mesmo modo, a herança sociocultural dos diferentes meios no seio dos quais o sujeito é criado, educado e civilizado tem uma influência inegável sobe o psiquismo”. No próximo artigo iremos relembrar as funções psíquicas básicas, responsáveis pelo modo de conhecer, e das quais outras derivam: o pensamento; a percepção/ sensação; o sentimento e a intuição. Além de autodesenvolvimento, artigo exibido aqui no Jornal Direitos em abril de 2014.