Artigo

Vacina contra malária

Recentemente, a imprensa divulgou a síntese da vacina contra a malária. Essa é uma notícia auspiciosa que enche de felicidade a todos nós. A vacina contra a malária é esperada há décadas pela comunidade científica. A malária tem, em partes da África, da Ásia, da América Central e do Sul, caráter endêmico.

É oportuno lembrar que na Europa a malária já foi endêmica, tendo sido erradicada em virtude da melhoria das condições sanitárias. Enfermidade que quando não leva ao óbito, deixa o doente incapacitado por vários dias, causando milhares de ausências ao trabalho. Transmitida por um mosquito do gênero Anopheles, que é vetor de quatro protozoários causadores da doença do gênero Plasmodium; (P. vivax, P. malariae, P. falciparum e P. ovale, este último não ocorrendo no Brasil. A fêmea do anofelino, buscando sangue, ao picar o Homem, injeta-lhe o plasmódio que vai se alojar no fígado. Posteriormente, os plasmódios invadem a corrente sanguinea onde há a eclosão de milhares de novos protozoários.

Quando isso acontece, aparece a febre que pode ser de 24 horas, 48 horas, 72 horas de acordo com o organismo infectante. Fora desse período, o enfermo sente-se bem para logo apresentar febre, calafrios, sudorese, podendo evoluir para o coma e óbito. A febre pode aparecer todo dia. O advento da vacina terá um efeito no mundo científico tão importante quando Waksman e colaboradores sintetizaram em 1 948, a estreptomicina, o primeiro antibiótico a ser usado no tratamento da tuberculose. Por esse feito, Waksman ganhou o prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia.