Artigo

As eras na medicina

As doenças acompanham a Humanidade desde tempos imemoriais. Primeiramente, apareceram os xamãs fazendo chás, benzeduras etc. a fim de levar alívio ou até à cura aos seus semelhantes. E este personagem, devido ao seu papel desempenhado entre os homens, se destaca, influenciando politicamente a comunidade.

E com o passar dos tempos vieram às eras. A era da anestesia. Antes dela, usava-se o clorofórmio que não era tão bom como os anestésicos modernos. Naquela época, o bom cirurgião era o que abria o paciente, retirava o tumor e fechava rapidamente a ferida cirúrgica. A rapidez era importante, pois o paciente não deixava de sentir alguma dor. Charles Darwin pretendia ser médico, mas um dia, entrando num hospital, ao ouvir os gritos de um paciente que estava sendo operado, mudou de ideia e preferiu ser naturalista.

A era dos anticonvulsivantes. Era de suscitar piedade como ainda hoje o é, presenciar um ser humano se debater em contrações, espumar. Mas, com o surgimento do fenobarbital há um século, aquele quadro constrangedor mudou. A epilepsia, a partir daquele momento, passava a ser controlada.

A era das vacinas. Com Edward Jenner surgiu a primeira vacina – a anti-variólica. O distinto médico inglês da zona rural pegou as secreções de pústulas de vacas infectadas com varíola e as depositou num braço de um adolescente, escarificando-o. Depois disso, a varíola foi erradicada do planeta e várias vacinas surgiram. Hoje, se contam mais de dez tipos de vacinas.

A era dos antibióticos. Antes deles a mortalidade pelas doenças infecto-contagiosas era alta. Morriam-se mais pessoas devido a elas do que nas guerras. Na década de 1 930, aparecem as sulfas sintetizadas por Domecq. Após, a Segunda Guerra Mundial, graças à descoberta de Fleming e aos trabalhos de Chain e florey, a penicilina passa a ser comercializada. Cumpre informar, ainda no capítulo dos antibióticos, em 1 948 surge a Estreptomicina, o primeiro antibiótico usado no tratamento da Tuberculose.

A era dos neurolépticos. Antes dele, o médico pouco podia fazer pelos pacientes com doença mental. Em 1 950, pesquisadores franceses sintetizaram a clorpramazina e, logo em seguida, em 1 958, pesquisadores belgas obtiveram em laboratório o Haldol. Depois vieram outros derivados e os antidepressivos.

<strong>A era dos hipotensores.</strong>
Imagine o paciente com pressão alta e não ter nada a fazer a não ser esperar por um acidente vascular cerebral, um infarto do miocárdio ou um comprometimento renal. Graças a Deus, essa época está distante. Hoje, há hipotensores eficientes.
Ainda se falaria dos hipoglicemiantes orais e da insulina usados no tratamento da Diabetes Mellitus.