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Jornalismo Ambiental

Com a falência do Estado (Primeiro Setor), que é responsável diretamente pelas resoluções das questões sociais – incluindo-se aí as ambientais, o setor privado começou a ajudá-lo nestas questões, através das inúmeras instituições que compõem o chamado Terceiro Setor.

O Terceiro Setor é constituído por organizações sem fins lucrativos e não governamentais, tendo como papel maior gerar serviços de caráter filantrópicos. E é dentro dessa filosofia que surgem as entidades (ONGs, OSCIPS, entre outras) de defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do desenvolvimento sustentável, que precisam diretamente de uma parceria com o que chamamos de “quarto poder”, a imprensa, para divulgar suas ações. Sem sombra de dúvida, um dos principais personagens do terceiro setor é a imprensa, isto por conta de seu preponderante papel na divulgação das ações positivas que as entidades deste importante setor desenvolvem para o bem-estar da coletividade. Mas nem sempre foi assim, por exemplo, até 1995, a pouca cobertura que a imprensa fazia sobre essas entidades era, normalmente, negativa. Mas, com a descoberta de que a maioria delas é séria e, portanto, fazem bons trabalhos, ganharam respeitabilidade. E com isso, também ganharam espaços maiores na imprensa, seja ela televisada, escrita ou radiofônica, especialmente quando o assunto é meio ambiente.

Nessa linha de raciocínio é que se insere o jornalismo ambiental, que se configura como a especialização da profissão jornalística nos fatos relativos ao meio ambiente, à ecologia, à fauna e à natureza em geral, particularmente no que diz respeito às consequências de iniciativas de desenvolvimento no meio ambiente e na biodiversidade.

Os jornalistas especializados nesse setor incluem em suas pautas as coberturas de eventos como desmatamentos, iniciativas ecológicas, crimes ambientais, as instituições ligadas diretamente à geração de produtos e fatos ambientais, a exemplo das ONGS. Além das políticas públicas para a área, campanhas públicas de conscientização ambiental, bem como as causas ecológicas.

No Brasil, o jornalismo ambiental se manifesta nos veículos tradicionais, como jornais e revistas de circulação nacional, mas sua atuação maior é na Web, onde podemos encontrar uma gama de sites e blogs especialistas nessa temática. Encerramos essa breve análise com as palavras de um árduo defensor dessa causa, Roberto Villar: “O jornalismo ambiental é uma especialização do jornalismo, com todas as regras gerais da profissão. A reportagem de meio ambiente tem que ser ‘vendida’ como qualquer outra matéria. Deve ser novidade e de interesse público. A linguagem tem que ser simples”. Em apertadas palavras, eis, o nosso entendimento sobre o citado tema.